Serafina
Ópera de Mozart, 'A Flauta Mágica' ganha versão feminista no Municipal
A ópera de dois atos do músico alemão Wolfgang Amadeus Mozart (1756-91), "A Flauta Mágica" terá seis apresentações em dezembro no Theatro Municipal de São Paulo.
A peça será dirigida por André Heller-Lopes, que conta que declinou diversos convites para fazer parte da montagem devido à base misógina e racista da obra.
"No momento que aprendi a falar alemão me deparei com frases como 'menina, você não pode ficar aspirando um tipo de inteligência que a mulher não tem, tem que deixar o homem te guiar' ou com contestações sobre se o negro era feito de carne e osso", diz.
Sem alterar os diálogos originais, a solução que encontrou, segundo o diretor, foi explorar a complexidade dos personagens.
"Essas frases eram ditas por pessoas que deveriam representar a sabedoria, não por vilões. Já essa é uma Flauta feminista. Na minha montagem você se questiona se quem fala é bom ou mau. Isso se reflete na direção de atores, na maneira como a cenografia é montada", diz.
As apresentações serão feitas de 15 a 21 de dezembro, com exceção do dia 18. A ópera tem 3h20 de duração com um intervalo, e os ingressos variam de R$6 a R$120.
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