Compra de iPhone nos EUA perde vantagem econômica
Comprar um iPhone 3G nos Estados Unidos, desbloquear e utilizá-lo por uma operadora brasileira é possível, porém bem menos vantajoso financeiramente, agora que o aparelho foi lançado no Brasil --o produto chegou às lojas nesta sexta-feira (26). Os custos do desbloqueio e taxas cobradas por operadoras norte-americanas são os principais empecilhos.
Nos Estados Unidos, o iPhone 3G de 8 Gbytes custa US$ 199 (R$ 368), mas a AT&T exige uma assinatura de um plano com contrato de dois anos para liberar o aparelho. Para vender o aparelho sem o contrato, a operadora cobra US$ 400 (R$ 740) a mais pelo celular.
Brendan McDermid /Reuters |
Compra de iPhone 3G nos EUA perdeu grande vantagem após lançamento no Brasil |
Só esse valor já é maior que o menor valor de tabela cobrado pelo iPhone no Brasil: R$ 899, pela Vivo --em um plano de uso bastante salgado (R$ 585). Por enquanto, a operadora brasileira vende o aparelho apenas para seus atuais clientes, mas promete oferecê-lo para outros consumidores a partir de outubro.
Além disso, é preciso arcar com custos de desbloqueio. Na internet, há sites que oferecem arquivos para download que permitem a operação. Ao contrário da versão anterior, em que esses arquivos eram encontrados gratuitamente na internet, grande parte desses downloads requer pagamento.
O Unlocksiphone.com cobra 29,95 euros (R$ 80) para fornecer o arquivo. No Brasil, há empresas que fazem o serviço pessoalmente: a DesbloqueioBR, por exemplo, cobra R$ 400 para fazer o serviço --o destrave é feito na hora, utilizando o chip da operadora do cliente.
Há países da Europa que vendem o aparelho desbloqueado, por questões de legislação, mas o telefone pode custar o dobro.
A Oi, operadora que mantém quiosques em São Paulo para fazer desbloqueio de aparelhos, diz que o software utilizado para a operação ainda não inclui o iPhone.
Prós e contras
Vinicius Caetano, analista de Telecom da consultoria IDC, afirma que a compra internacional pode até ser vantajosa financeiramente para usuários "médios", que não queiram se comprometer com planos muito caros --e por conseqüência teriam de desembolsar mais pelo iPhone.
A aquisição, entretanto, exige um esforço maior do que era necessário para comprar a versão anterior do aparelho. "Quem for comprar pela AT&T precisa de um Social Security Number [número de identidade do programa federal de previdência dos EUA]. Depois, como não há iPhones disponíveis em todas as lojas, em razão da demanda, o comprador vai ter que fazer uma caça ao iPhone", diz o analista.
Os aparelhos vendidos pela Claro e a Vivo no Brasil estão vindo bloqueados. Segundo as operadoras, é possível utilizar os planos oferecidos pelas empresas para o iPhone em aparelhos não comprados por meio delas.
A Claro afirma que não tem como distinguir entre aparelhos com ou sem bloqueio e admite oferecer seus serviços em aparelhos comprados por meio de outras operadoras, ou fora do país.
Os preços do iPhone no Brasil variam de acordo com o plano escolhido pelo usuário. Em geral, quanto mais caro é o plano, menor o valor a ser pago pelo iPhone.
Variação
Na Claro, o celular mais barato custa R$ 1.000, pago exclusivamente pelo cartão de crédito American Express. O usuário tem de adotar um pacote que custa R$ 137,90 mensais (há um desconto para R$ 96,27 nos primeiros 12 meses) e inclui 400 minutos de voz, 200 SMS e pacote de dados de 200 Mbytes.
A Vivo oferece seu iPhone mais barato por R$ 899, em um plano que custa R$ 585 por mês --dá direito a 1.400 minutos de voz, acesso ilimitado à internet e 150 torpedos incluídos.
Veja abaixo os principais planos de Vivo e Claro para o iPhone.
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