Criador da web defende carta magna da internet para garantir direitos de usuários
O britânico criador da web Tim Berners-Lee defendeu, nesta quarta-feira, em seu discurso na abertura da NETMundial, em São Paulo, uma carta magna mundial da internet que garanta direitos básicos dos usuários na rede, como a neutralidade de rede e a liberdade de expressão.
Ele citou como exemplo a aprovação do Marco Civil da Internet e pediu que mais países aprovem legislações semelhantes, como fez recentemente a União Europeia.
Berners-Lee disse que a neutralidade de rede é essencial porque mantem a internet "livre de discriminação, tanto comercial quanto política" e aproveitou para criticar a espionagem americana.
"Liberdade precisa ser complementada com privacidade", disse. "A espionagem e ainda mais perigosa que a censura porque não a vemos acontecer."
O Marco Civil da Internet, lei que estabelece direitos do usuário na rede, foi sancionado pela presidente Dilma nesta quarta-feira durante a conferência NETMundial, após ser aprovado pelo Senado ontem.
Idealizado pelo governo brasileiro e pela Icaan (Corporação da internet para atribuição de nomes e números) em resposta às denúncias de espionagem dos EUA, o evento é uma conferência internacional para discutir a globalização da governança da internet. O evento acontece nesta quarta e quinta-feira em São Paulo.
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