Jogador cubano leva Cruzeiro, a sua 'família', ao 3º terceiro título da Superliga
VOLÊI Maior pontuador da final contra o Sesi, Leal lidera time mineiro e ganha prêmio de melhor atleta da partida
Na final da Superliga masculina de vôlei,, disputada no domingo (12), principal torneio da modalidade no Brasil, no domingo (12), quem fez a diferença foi um jogador cubano.
Yoandy Leal Hidalgo, 26, do Cruzeiro, foi escolhido o melhor jogador da decisão do torneio contra o Sesi, vencida pela equipe mineira por 3 sets a 1, com parciais de 21/25, 25/19, 27/25 e 25/19. Ele também foi o maior pontuador da partida, com 21 acertos.
"Saímos atrás, conseguimos empatar o jogo e virar. Fui bem no passe, na defesa e consegui virar as bolas que o William [levantador] colocava pra mim", afirmou o ponteiro, nascido em Havana.
O título corrobora a hegemonia do Cruzeiro no vôlei nacional. Essa foi a quinta final seguida da equipe na competição, sendo que em três anos a equipe ficou com o título (2012, 2014 e 2015).
Essa foi a segunda conquista de Leal na Superliga masculina. Ele também foi campeão na temporada 2013/14, quando ganhou pela segunda vez o prêmio de melhor atacante da competição --já havia recebido a premiação na temporada 2012/13.
"Para um time com vontade de ganhar, as coisas saem bem. O segredo é treinar sempre e fazer de tudo para que a gente chegue no jogo e as coisas aconteçam, para o resultado aparecer", afirma.
Leal chamou a atenção pela primeira vez pelocom seu desempenho na seleção cubana em 2010. Naquele ano, foi o melhor sacador da Liga Mundial e o segundo melhor atacante do Campeonato Mundial, vencido pelo Brasil com Cuba em segundo lugar.
Depois disso, decidiu tentar a carreira profissional fora do país e teve de abdicar deà sua seleção nacional. Em 2012, assinou contrato com o Cruzeiro e começou a se destacar no cenário brasileiro.
"Quando cheguei ao Brasil, eu não conhecia nada. Foi a primeira vez que saí de Cuba para jogar como profissional. Foi muito difícil ficar longe da minha família, mas fui muito bem recebido no time, os outros jogadores me apoiaram muito. Para mim, virou uma família", conta.
NATURALIZAÇÃO
O sucesso de Leal pelo Cruzeiro foi tanto, que ele começou a ser cogitado para se naturalizar e vestir a camisa dadefender a seleção brasileira de Bernardinho.
Questionado sobre uma possível naturalização após a vitória do último domingo (12), sobre o Sesi, Leal não descartou a possibilidade de jogar pelo time do técnico Bernardinho.
"Não tenho muita informação sobre isso, mas se tiver a possibilidade de me naturalizar e jogar pela seleção, gostaria muito", afirmou.
No entanto, mesmo admitindo a possibilidade de jogar pelo Brasil na Olimpíada de 2016, o atleta destacou que sua maior vontade é voltar a atuar pela seleção cubana.
"Sou cubano e gostaria de jogar por minha seleção. Mas gostaria de disputar uma Olimpíada, e se fosse pelo Brasil, ficaria muito grato."