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Caso Watergate levou à queda de Nixon nos EUA
Na noite de 16 de junho de 1972 --ano da disputa eleitoral entre o presidente dos EUA, o republicano Richard Nixon, e o democrata George McGovern--, cinco homens foram presos ao invadir a sede do Comitê Democrata no edifício Watergate, em Washington.
De início pouco explorado pela mídia, o caso revelaria o que o "Washington Post" chamou de "campanha maciça de espionagem política, sabotagem e atividades ilegais" promovida de dentro da Casa Branca.
As revelações --trazidas principalmente por Bob Woodward e Carl Bernstein, dupla de repórteres chefiada por Ben Bradlee no "Post"-- resultariam, dois anos depois da invasão, na renúncia de Nixon, até hoje a única de um presidente na história do país.
Municiados principalmente por um informante apelidado "Garganta Profunda" (Mark Felt, ex-número 2 do FBI, que só revelaria o segredo em 2005), Woodward e Bernstein começaram já em 1972 a publicar reportagens que apontavam para a ligação entre a invasão e a cúpula da campanha republicana.
Elas não impediram que Nixon se reelegesse em novembro daquele ano, vencendo McGovern por larga margem. Mas, nos meses seguintes, uma série de depoimentos levou o Supremo a obrigar Nixon a ceder as fitas gravadas na Casa Branca, que revelavam seu envolvimento no esquema.
Sem base no Congresso e com um processo de impeachment à vista, ele renunciou em agosto de 1974.