Mais cara e curta, temporada 2018 da Cultura Artística traz inéditos ao país
A temporada anual de 2018 da Sociedade de Cultura Artística, anunciada nesta terça-feira (17), trará quatro atrações ainda inéditas no Brasil.
Das dez atrações da programação, realizada de março a novembro, estreiam por aqui a orquestra de câmara canadense Les Violons du Roy, a orquestra suíça Geneva Camerata, o francês Quarteto Modigliani e a meio-soprano argentina Bernarda Fink.
A seleção privilegiou a diversidade de formação, incluindo solistas e grandes grupos, e a mistura entre consagrados, como a tradicional Orquestra Filarmônica de Dresden, e novatos, como o jovem pianista canadense de origem polonesa Jan Lisiecki.
Além da temporada principal, a programação dedicada ao violão, grande novidade deste ano, terá continuidade com cinco recitais.
Ao contrário de 2017, quando a sociedade conseguiu manter o número de atrações –dez, que se apresentavam nas duas séries, totalizando 20 apresentações–, no próximo ano as séries Branca e Azul terão seis espetáculos, dos quais dois figuram em ambas.
A redução foi uma das medidas tomadas para viabilizar a programação sem o financiamento com recursos captados via leis de incentivo fiscal à cultura. A decisão se deu a partir da nova instrução normativa da Lei Rouanet, anunciada pelo Ministério da Cultura em março.
"Isso trouxe alguns desafios especialmente em relação à estrutura de assinaturas, já que mantemos 70% das salas para assinantes, o que seria uma alocação de ingressos incompatível [com as novas regras]", diz o superintendente Frederico Lohmann.
Na configuração proposta pelo MinC, somente metade dos ingressos poderia ser vendida a valores definidos pelo proponente, sob a condição de que o preço médio do ingresso não ultrapassasse três vezes o valor mensal do Vale-Cultura, de R$ 50.
Desta forma, a temporada será viabilizada por venda de ingressos avulsos e assinaturas das séries Branca e Azul, que vão de R$ 450 a R$ 4.600 –em 2017, o valor teto das assinaturas era de R$ 3.000.
Já para a reforma do teatro da sociedade, destruído por um incêndio em 2008, A Lei Rouanet foi providencial. Com doações de pessoas físicas e jurídicas, a instituição arrecadou R$ 30 milhões que serão destinados à primeira etapa de restauros, com início previsto para ainda este ano.
Próxima do fim, a temporada 2017 realiza seu penúltimo espetáculo com duas apresentações da Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse, no domingo (29) e na terça (31), na Sala São Paulo.
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13 DE MARÇO
> Jan Lisiecki (piano)
11 DE ABRIL
> Camerata Salzburg e Bernarda Fink
14 E 15 DE MAIO
> Orchestre de la Suisse Romande; Jonathan Nott (regência); Nelson Goerner (piano); Xavier Phillips (violoncelo)
11 DE JUNHO
> Les Violons du Roy; Bernard Labadie (regência); Magdalena Koená (meio-soprano)
26 DE JUNHO
> Geneva Camerata; Pieter Wispelwey (violoncelo)
3 E 4 DE SETEMBRO
> Filarmônica de Dresden; Michael Sanderling (regência); Herbert Schuch (piano)
2 DE OUTUBRO
> Yuja Wang (piano)
23 DE OUTUBRO
> Quarteto Modigliani; Jean-Frédéric Neuburger (piano)
6 DE NOVEMBRO
> Orquestra de Câmara de Viena; Stefan Vladar (regência)
27 DE NOVEMBRO
> Denis Kozhukhin (piano), Carolin Widmann (violino);
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