Revestimentos de piso e parede marcam épocas; identifique-se
Os revestimentos de piso e parede acompanham movimentos da moda e da arte e criam tendências que definem a decoração de décadas inteiras.
Texturas marcaram os anos 1970 e o listelo –peça de revestimento que forma uma faixa– dividia tons contrastantes em uma mesma parede nos anos 1990.
Para 2015, as apostas do setor serão apresentadas a partir do dia 3 de março, em São Paulo, na feira Expo Revestir.
Antes de conhecer as novidades, saiba um pouco sobre a história e o desenvolvimento dos revestimentos cerâmicos no Brasil.
SÉCULO 18
Há controvérsias sobre a nacionalidade dos primeiros revestimentos cerâmicos que chegaram ao Brasil. Sabe-se que, no século 18, azulejos de estilo barroco começaram a ser encomendados de Lisboa (Portugal). Eles eram trazidos em forma de painéis e serviam apenas como material decorativo, retratando cenas da paisagem, do cotidiano lisboeta, divulgando o modo de vida dos portugueses ou cenas bíblicas, para ajudar nas aulas de catequese.
Assim como em Portugal, no Brasil o revestimento cerâmico tinha um alto custo de produção e, por isso, era aplicado, em geral, nos interiores.
Aos poucos o material começa a ser utilizado em pátios, jardins e, por fim, no final do século 18, se expande para as fachadas.
SÉCULO 19
A cerâmica se mostra bem adaptada ao clima brasileiro e seu uso como revestimento se difunde no Brasil independente.
1960
Os azulejos decorados marcaram a época.
1970
Os revestimentos apostavam em superfícies mais texturizadas.
1980
O tijolo e seus efeitos são explorados em diversos estilos, texturas e formatos.
O listelo –peça de revestimento que "divide" a parede– também era popular e marcava a separação entre duas cores contrastantes na parede.
1990
A composição dos revestimentos utilizava com frequência tozetos –pequenas peças de cerâmica quadradas que se encaixam em outras maiores para criar um efeito decorativo.
Os anos 1990 marcam também a chegada do porcelanato no Brasil, primeiro importado da Itália e, depois, com fabricação nacional.
2011
Com a impressão digital em alta resolução, fabricantes conseguem estampar quase tudo em cerâmicas e porcelanatos, que ficam cada vez mais parecidos com madeira, mármore e cimento queimado, por exemplo.
Fontes: fabricantes do setor, Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres) e Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP