Foi editora do Painel.
Ajuda, Felipão!
Cada um faz o que pode.
Dilma Rousseff propôs uma tabelinha ao técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari. E não foi para fazer gol de placa. Foi para ajudá-la a convencer a Fifa a baixar o valor dos ingressos para a Copa do Mundo.
Além de querer mais povo no mundial, a presidente tem arrepios quando se lembra de junho passado. Está preocupada em não dar mais motivos para as ruas no estratégico ano da sucessão.
A Felipão e ao presidente da CBF, José Maria Marin, reclamou: "Não tem cabimento uma Copa no Brasil sem brasileiros".
Na semana passada, entre um brinde e outro no Palácio da Alvorada para celebrar (meses depois!) a vitória na Copa das Confederações, eles se comprometeram a dar uma forcinha. Mas alertaram: a petista precisa entrar em campo também.
O gasto na construção de estádios foi uma das bandeiras das manifestações que derreteram a popularidade presidencial.
É fato que ela já começa a se recuperar, mas se uma onda semelhante chegar no próximo junho, a quatro meses da eleição, pode haver risco de terminar o mandato sem direito à prorrogação.
Dilma, naturalmente, não quer que novos protestos engulam o desejado sucesso da Copa brasileira nem corroam seus pontos nas pesquisas. Ela sabe que é mais fácil arrancar o voto de uma arquibancada inteira, mas feliz, do que reverter o voto de um torcedor insatisfeito.
Quem testemunhou o encontro entre presidente e técnico, atestou: ambos têm no estilo linha dura sua maior afinidade. O desempenho, porém, foi inverso em junho.
Enquanto a presidente vendia popularidade antes daquele mês; saiu dele quase 30 pontos menor. Felipão, que colecionava críticas, inaugurou o segundo semestre com uma taça na mão.
O que os aproxima? O desafio de vencer o campeonato ano que vem.
E é justamente de olho no placar do jogo nacional que Dilma busca no técnico uma ajudinha para tentar ganhar 2014, nem que seja nos pênaltis.
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