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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
Brasil foi do 'orgulho' à 'pena', dizem correspondentes em despedida
O "New York Times" estreou no domingo um novo correspondente no Brasil, Ernesto Londoño, com reportagem sobre o fim da força-tarefa da Polícia Federal em Curitiba. Cita, ouvindo críticos, que a medida "visa claramente enfraquecer as investigações" e pode beneficiar "os que estão no poder agora".
Já o ex-correspondente, Simon Romero, se despediu com artigo para a revista "Piauí". Diz que, ao chegar em 2011, "pairava no país uma sensação de orgulho", mas que hoje ele está como a estrada que liga Cuiabá a Santarém, sem asfalto, com lama e veículos girando "sobre seu eixo", sem sair do lugar.
Também o correspondente do "Guardian" se despediu do Brasil, em longo texto. Jonathan Watts lembra que, ao chegar em 2012, vindo da China, "o Brasil parecia estar fazendo muitas coisas direito", como a redução da desigualdade e a queda no desmatamento da Amazônia. Mas agora "é impossível não sentir pena do país. O Brasil entrou em marcha à ré em praticamente todas as frentes".
Seu substituto, Dom Phillips, também publicou reportagem no domingo, sobre a explosão de mortes no campo. Ativistas e a Comissão Pastoral da Terra creditam a violência aos planos do governo para reduzir a proteção às florestas, que "incentiva a impunidade".
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