É repórter especial. Já foi correspondente em Washington, Nova York, Pequim e Buenos Aires, e editor de 'Mercado'. Escreve aos domingos, a cada duas semanas.
Projeto dos anos 60 buscou luz e privacidade na rua Bela Cintra
Os janelões laterais inclinados, que fazem o Suzana parecer uma colmeia de vidro, garantem luminosidade e privacidade aos apartamentos, independente dos edifícios vizinhos.
A rua Bela Cintra ainda era povoada de casinhas baixas em 1957, quando Israel Galman projetou o prédio, que leva o nome da cunhada do arquiteto, morta pouco antes.
Mas a inflação dos anos JK afetou o empreendimento, de unidades de um quarto, que só seria construído em meados dos anos 1960.
Nascido na Romênia, Galman imigrou para o Brasil ainda criança com os pais -a família escapava da perseguição violenta contra judeus na Europa do Leste. Depois de estudar engenharia e arquitetura na USP, conseguiu o primeiro emprego com o grande arquiteto Henrique Mindlin (1911-1971), que havia mudado para o Rio de Janeiro, mas tinha diversos projetos para a construtora da família.
Galman gostou do que viu com os Mindlin e decidiu virar construtor também. Pouco depois, vendeu a casa em que morava para juntar dinheiro e abrir sua própria incorporadora, a Rio Branco. Lançou, projetou e construiu residenciais na alameda Barão de Limeira e nas avenidas Angélica, Rebouças e Nove de Julho, além de diversos no Guarujá. Todos muito diferentes entre si, marca do original arquiteto.
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