Homem que pulou de prédio no Rio morava com travesti do caso Ronaldo
Um homem de 22 anos morreu na manhã desta sexta-feira ao pular do décimo andar de um prédio em Copacabana (zona sul do Rio), durante incêndio. Luis Antonio de Oliveira era colega de quarto de André Luiz Albertini, o travesti Andréa Albertini, que se envolveu em confusão com o jogador Ronaldo após ser contratado por ele para um programa, em abril deste ano.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o apartamento --localizado na avenida Princesa Isabel-- pegou fogo por volta das 9h40. Oliveira foi para a janela e, antes da chegada do socorro, pulou para escapar das chamas, segundo relataram testemunhas aos bombeiros. Oliveira caiu na parte interna do prédio, e o corpo apresentava queimaduras.
O advogado de Andréia Albertini, Eduardo Swiech, afirmou que Oliveira morava com Andréia até quarta-feira (2), quando Albertini decidiu mudar-se de apartamento, no mesmo prédio. Swiech disse que Luis Antonio de Oliveira também era travesti.
"Eles moravam no mesmo apartamento, mas ontem (2), resolveram se separar porque a profissão deles obriga que cada um tenha seu apartamento para atender seu cliente", afirmou o advogado. Ele disse que Andréia ainda estava no prédio no momento em que Oliveira se jogou da janela. "A Andréia tentou ajudar, foi pegar água, mas Luis se apavorou e pulou da janela".
Os bombeiros disseram ainda não saber as causas do incêndio. Uma perícia foi feita no local.
A 12ª Delegacia (Copacabana), que registrou o caso, informou que a delegada titular, Marta Rocha, já começou a ouvir testemunhas e moradores do prédio.
Confusão com Ronaldo
A confusão entre Andréia Albertini e Ronaldo ocorreu na madrugada do dia 28 de abril deste ano. Ronaldo foi ao motel Papillon, na Barra, com Andréia e outros dois travestis. Ao descobrir que eram homens, o jogador recusou o programa, segundo a 16ª Delegacia de Polícia (Barra), mas iniciou uma discussão com os travestis. Albertini foi à delegacia e alegou que o jogador não quis pagar o valor combinado, de R$ 1.300.
Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 16ª DP, Ronaldo afirmou ter pago os outros dois travestis mas afirmou que Andréia exigiu R$ 50 mil para não levar o caso à imprensa. O travesti negou e disse à imprensa e em depoimento à polícia que o jogador teve relações sexuais com os travestis e ainda usou drogas.
Uma semana depois, Andréia voltou à delegacia, retirou todas as acusações e afirmou ter mentido, apesar de admitir ter ficado três horas dentro do motel com Ronaldo. A assessoria do jogador não comentou as acusações.
O travesti foi denunciado (acusado formalmente) por extorsão contra o jogador e pode pegar entre quatro e dez anos de reclusão, além de ter que pagar multa, ainda sem valor estipulado. Além de Andréia, participaram da confusão os travestis Júnior Ribeiro da Silva, a Carla, e Vinicius Souza Cardoso da Silva, a Veida, mas eles não foram denunciados.
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