Adolescente vítima de bullying mata colega a facadas no Piauí
Um adolescente que se disse vítima de bullying matou um colega com golpes de faca no interior do Piauí. O caso ocorreu na quarta-feira (13) na zona rural da cidade de Corrente, no extremo sul do Estado.
Segundo o delegado Fabrício Gois, o adolescente de 14 anos que cometeu o assassinato disse à polícia que era "agredido quase todos os dias física e verbalmente". O menino era mais baixo e mais fraco do que o que morreu, que tinha 15 anos.
De acordo com Gois, o ataque ocorreu no pátio da escola, quando os alunos esperavam pelo ônibus. Ao ser hostilizado, o adolescente partiu para cima do colega, desferindo um golpe na virilha e outro no pescoço. O corte atingiu a veia jugular e a vítima morreu praticamente na hora.
O adolescente, que está apreendido em Carreira até o fim das investigações, disse à polícia que sua intenção não era matar o colega, mas "só dar um susto para ver se ele parava com aquilo".
O delegado contou que o jovem disse portar a faca para poder apontar seu lápis. Gois disse que a arma foi modificada e aparenta ser um punhal.
OUTRO CASO
No Rio de Janeiro, um homem invadiu a escola municipal Tasso da Silveira e disparou diversos tiros na região de Realengo (zona oeste do Rio). O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou na escola disparando diversos tiros contra alunos. Ele deixou mortos pelo menos dez meninas e um menino. Em seguida, suicidou-se após ser atingido por um policial.
A tragédia ocorreu na manhã do dia 7 de abril, após Wellington entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.
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Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.
Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.
Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.
A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.
Na terça-feira (12), a polícia informou que o laudo cadavérico do IML do atirador apontou característica de suicídio.
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