PM de Rondônia volta ao trabalho após paralisação
A Polícia Militar de Rondônia voltou parcialmente ao trabalho nesta segunda-feira depois de uma paralisação de dez dias.
Desde o último dia 3, bloqueios realizados por familiares dos PMs em frente aos quartéis impediram o trabalho dos policiais, que acabaram aderindo ao movimento "passivamente", segundo o comandante-geral da PM, coronel Paulo César de Figueiredo. A Legislação proíbe os policiais de fazer greve.
Os PMs reivindicavam inicialmente aumento salarial de 44% à categoria, cujo piso é de R$ 2.200. O governo oferece reajuste de 12,6%.
Dos onze quartéis que haviam sido bloqueados por familiares, oito foram liberados hoje. No entanto, os dois principais batalhões, instalados em Porto Velho, continuavam interditados pelos manifestantes nesta tarde.
Para manter o serviço de policiamento ostensivo, o governo do Estado contou com o auxílio da FNS (Força Nacional de Segurança) e do Exército.
Cerca de 200 policiais da FNS e 1.200 militares do Acre e do Amazonas circulam pelas ruas de Porto Velho e nas principais cidades do interior.
"Estamos fechando mais um ciclo dessa crise da segurança em nosso Estado. Já encerramos o movimento no interior e esperamos que tudo volte ao normal até amanhã [terça-feira]", diz o comandante-geral da PM.
O movimento enfraqueceu no domingo (11), quando a Justiça determinou a prisão do PM e presidente da associação dos praças e familiares, Jesuino Boabaid, acusado pelo comando-geral de liderar o movimento e de estimular um "motim".
A Justiça também determinou que as mulheres que estavam à frente das manifestações permaneçam a, no mínimo, 300 metros de distância dos quartéis da PM.
Esse é o terceiro movimento de paralisação da PM de Rondônia em 2011. O efetivo do Estado é de 5.600 policiais.
Na última paralisação, realizada em maio, o governo do Estado havia se comprometido em conceder o aumento de 44%, segundo Ada Dantas, que integra a comissão das mulheres dos policiais militares.
Segundo ela, o movimento já havia reduzido a reivindicação para 30%, mas "rachou" nos últimos dias. A manifestação deve acabar ainda nesta segunda sem conquistar reajuste maior do que 12,6%.
A assessoria do governo do Estado disse que os 44% de aumento foram citados pelo comando da PM, em maio, como uma proposta da categoria. No entanto, o governo nunca se comprometeu em conceder esse aumento, segundo a assessoria.
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