'Quem não reagiu está vivo', disse Alckmin sobre confronto da Rota
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira que os suspeitos que não reagiram à abordagem da Rota (grupo de elite da PM) na noite de ontem estão vivos. No confronto com os policiais, em Várzea Paulista (a 54 km de São Paulo), nove suspeitos morreram.
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"Quem não reagiu está vivo. Você tem em um carro quatro [suspeitos]: dois morreram e dois estão vivos. [Eles] se entregaram", disse Alckmin ao "SPTV", da TV Globo.
Na manhã de hoje, os cinco suspeitos presos após a troca de tiros foram transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Jundiaí (a 58 km de São Paulo).
O CASO
A polícia chegou ao local do "julgamento" na tarde de ontem (11) após o setor de inteligência da Rota receber uma denúncia anônima. Segundo a polícia, entre os mortos estão oito criminosos que decidiam o destino de um suposto estuprador e o rapaz que era "julgado".
A menina de 12 anos que sofrera o abuso, seus pais e seu irmão foram ouvidos na delegacia e afirmaram terem assistido ao "julgamento" e à "condenação" do suposto estuprador. O irmão da jovem havia pedido ajuda aos criminosos para punir o suspeito, segundo a PM.
O comandante da PM, Roberval França, afirmou em entrevista à GloboNews, que, com a chegada da polícia, sete criminosos tentaram fugir em dois carros. Eles foram perseguidos e houve confronto. Em um dos tiroteios, foram mortos dois suspeitos e um foi preso. Em outro ponto foram presos dois e mortos outros dois.
Já na chácara onde ocorria o "tribunal do crime" houve um outro confronto, que resultou na morte de outros quatro suspeitos. O corpo do suposto estuprador também foi encontrado baleado na residência. Nenhum dos 40 policiais que participaram da ação se feriu.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que apenas um dos suspeitos mortos no confronto não tinha passagem pela polícia.
O número de mortos na operação de ontem é o maior em uma ação da polícia paulista desde junho de 2006, quando 13 suspeitos --também acusados de ligação com o PCC-- foram mortos pela Polícia Civil em São Bernardo do Campo (Grande ABC).
Na ocasião, a informação era que o grupo faria um ataque contra agentes penitenciários. O episódio ocorreu no auge dos atentados da facção criminosa a policiais e unidades de segurança pública.
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