Manifestação contra tarifa de ônibus termina em confronto no Rio
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto no início da noite desta segunda-feira no centro do Rio durante ato de protesto contra o reajuste das passagens de ônibus.
Houve tumulto, com manifestantes atirando pedras e cascas de coco contra os policiais enquanto estes jogavam bombas de efeito moral e usavam spray de pimenta.
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O comércio fechou as portas e houve correria entre as pessoas que deixavam o trabalho. Todas as pistas da avenida Presidente Vargas, principal via de acesso da zona norte ao centro, foram fechadas. Por volta das 19h30, porém, o trânsito já estava normalizado.
Fabio Teixeira/Folhapress | ||
Protesto contra o reajuste das passagens de ônibus termina em confronto na região central do Rio de Janeiro |
A manifestação começou a tomar forma pouco antes das 18h, quando um grupo começou a se concentrar nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio, próxima a um dos extremos da avenida.
Do outro lado, na altura da Central do Brasil, outro grupo começou a caminhar em direção à Assembleia, seguidos por policiais, na pista lateral sentido centro.
Quando a passeata se aproximou do prédio-sede do Banco Central, parte dos manifestantes atravessou a rua e começou a atirar pedras nas vidraças, quebrando algumas. O prédio da Embratel, logo ao lado, também foi atingido. Os vidros, mais resistentes, não chegaram a ser quebrados, mas ficaram com marcas das pedradas.
Houve correria. Apavoradas, pessoas que deixavam o trabalho tentavam se abrigar em lojas e restaurantes, que fechavam as portas. Para conter os manifestantes, a polícia começou a lançar bombas de efeito moral.
Os manifestantes correram em direção ao camelódromo da rua Uruguaiana, área de concentração de comércio popular no centro. A polícia cercou o local, mas os manifestantes se misturaram com aqueles que saiam do trabalho.
Esse é o segundo protesto contra passagens de ônibus que para a região central do Rio. O outro ocorreu na última quinta-feira (6), quando o trânsito ficou parado, duas pessoas ficaram feridas por balas de borracha e quatro pessoas foram detidas suspeitas de atirar pedras.
A passagem no Rio aumentou neste mês de R$ 2,75 para R$ 2,95.
SÃO PAULO
Na capital paulista, manifestantes pararam vias importantes na semana passada, durante o horário de pico em duas ocasiões, também em protesto contra o aumento das passagens de ônibus. Desde o início do mês, o valor que era de R$ 3 passou para R$ 3,20.
Na noite de quinta-feira (6), o protesto na av. Paulista terminou em confronto com a polícia e acusações de vandalismo e violência por parte de alguns integrantes da passeata. O Metrô de São Paulo estimou em R$ 73 mil os prejuízos no primeiro dia, sendo R$ 68 mil em vidros quebrados e R$ 5.000 com luminárias danificadas.
No dia seguinte, ocorreu uma nova manifestação, que parou vias importantes da região de Pinheiros, na zona oeste, entre elas a av. Brigadeiro Faria Lima e na marginal Pinheiros. A polícia chegou a usar bomba de gás lacrimogêneo contra os manifestantes na tentativa de dispersar a multidão.
Nas duas ocasiões, os protestos contaram com milhares de participantes. O Movimento Passe Livre, que organizou as duas manifestações da semana passada, promete fazer um novo protesto amanhã na avenida Paulista, na região central.
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