Motoristas abandonam carros durante confronto no centro de SP
Alguns motoristas que ficaram parados na rua Caio Prado, na região central de São Paulo, por conta do confronto entre manifestantes e policiais militares, decidiram trancar e abandonar os carros na via. Com o trânsito interrompido, eles fugiram a pé da confusão que bloqueia parte da rua da Consolação.
O confronto começou quando a PM tentou impedir os cerca de 5.000 manifestantes de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação, no sentido da avenida Paulista. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.
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Algumas bombas atiradas pelos policiais foram parar em um posto de gasolina, no cruzamento com a rua Caio Prado. Já a fumaça das bombas formou uma névoa que fez "desaparecer" os carros que ficaram parados na região.
Com a confusão, os manifestantes dispersaram pela Caio Prado e pela Guimarães. Um grande grupo, no entanto, já se reunia e subia a Augusta, por volta das 19h40, no sentido da Paulista. Com isso, a Augusta estavam bloqueada.
Os manifestantes montaram uma barricada com fogo na Augusta. Uma agência do Santander e outra do Itaú foram pichadas, assim como uma creche municipal da região. Várias lixeiras da rua Augusta também foram destruídas.
Esse já é o quarto protesto contra as passagens de ônibus, na última semana. As pessoas começaram a se concentrar por volta das 16h, quando já havia grande quantidade de policiais, inclusive fechando o viaduto do Chá, onde fica a Prefeitura de São Paulo, e revistando e interrogando pessoas.
Antes mesmo do início da passeata, já havia 30 pessoas detidas. Entre os detidos está o repórter da "Carta Capital", Piero Locatelli.
NEGOCIAÇÕES
Na quarta-feira (12), o Ministério Público de São Paulo reuniu-se com manifestantes do MPL (Movimento Passe Livre) --organizador dos protestos contra o aumento da tarifa do transporte público-- e se comprometeu a marcar uma reunião com Alckmin e com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para negociar uma suspensão, por 45 dias, do valor da nova tarifa de R$ 3,20. Antes do aumento, a tarifa de ônibus, metrô e trens custava R$ 3.
Hoje, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), porém, afirmou descartou a possibilidade de suspender o aumento das tarifas pelo período. Procurada, a gestão Fernando Haddad (PT) ainda não se manifestou se aceitaria a proposta do Ministério Público.
"Quanto a reduzir o valor da passagem, não há possibilidade", afirmou o governador, que foi a Santos com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, inaugurar uma delegacia e anunciar investimentos em segurança na região. "O reajuste foi menor que a inflação, tanto nos trens e metrô quanto nos ônibus", disse Alckmin.
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