Grupo de manifestantes enfrenta polícia em Curitiba
Um confronto começou em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, por volta das 22h desta sexta-feira (21), quando um grupo de manifestantes armados com pedras e rojões tentou invadir a sede do governo do Paraná.
Ao menos 14 pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento no confronto, de acordo com a polícia.
A tropa de choque da Polícia Militar avançou com bombas de gás em direção às pessoas que estavam no local. Os manifestantes recuaram em direção à avenida Cândido de Abreu, deixando um rastro de destruição por onde passaram.
Uma estação do ônibus foi depredada, a sede do Tribunal de Justiça sofreu uma tentativa de invasão e a prefeitura foi pichada e teve os vidros quebrados. Meia hora depois, às 22h30, a PM continuava em confronto com os manifestantes.
A tropa de choque formou um escudo para separar os manifestantes da prefeitura. Nas cercanias do palácio também havia cordões de isolamento da PM.
Uma farmácia próxima foi saqueada e manifestantes fazem barricadas com fogo para tentar impedir o avanço da polícia. A PM respondia com balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Estelita Hass Carazzai/Folhapress | ||
Destruição provocada por vândalos na noite desta sexta-feira (21) em Curitiba, após confronto com a tropa de choque da PM em frente à sede do governo do Paraná. |
PROTESTO
Os manifestantes saíram em passeata pelas ruas da cidade e se dividiram em pelo menos três grupos. Um deles estava, por volta das 20h45, em frente ao estádio do Atlético-PR, a Arena da Baixada, no bairro Rebouças, que sediará os jogos da Copa do Mundo em Curitiba.
Houve briga entre torcedores do Atlético-PR, que tentavam defender o estádio de eventual depredação, e manifestantes, que soltavam rojões. Os grupos estavam armados com pedaços de pau e pedras.
BALANÇO
Ontem à noite, após um protesto pacífico que reuniu cerca de 3.500 pessoas, quinze pessoas foram detidos pela Polícia Militar após confusão no Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Destas, 14 foram autuadas por dano ao patrimônio público.
O grupo tentou invadir e depredou o local. Portas e vidros foram quebrados e paredes, pichadas com inscrições como "Fora, Copa".
A sede da prefeitura, a poucos metros dali, também teve vidros quebrados. Além disso, um ônibus e um ponto de táxi foram apedrejados pelos vândalos. Alguns deles gritavam "A violência vem do Estado".
Para a organização, há pessoas que vão aos protestos com o propósito exclusivo de criar confronto. O movimento diz ser contra a violência e tem repudiado os atos de vandalismo.
Além da depredação, houve um desentendimento, no início da passeata, entre grupos que empunhavam bandeiras de partidos e outros que se diziam apartidários. Organizadores reclamavam que alguns participantes "não tinham formação política alguma", mas não houve violência.
AGENDA
A Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba pretende se reunir até segunda-feira (24) para definir quais serão os próximos atos. Por enquanto, não há novos protestos agendados.
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