Suspeitos afirmam que foram pagos por atos de vandalismo no ES
A Polícia Civil do Espírito Santo investiga a possibilidade de pessoas terem sido recrutadas mediante pagamento em dinheiro para participar do protesto da última sexta-feira (19) em Vitória, quando houve depredação de prédios públicos.
A informação foi dada pelo chefe da corporação, delegado Joel Lyrio. Segundo ele, duas pessoas detidas na manifestação --que pedia o fim do pedágio em uma ponte que liga a capital a Vila Velha-- disseram em depoimento ter recebido entre R$ 20 e R$ 30 para participar do quebra-quebra.
A Polícia Civil não informou o nome das pessoas que fizeram a afirmação, quem teria feito o pagamento nem outros detalhes sobre a investigação.
Na sexta-feira, cerca de 400 pessoas participaram do protesto. Houve interdição de vias e confronto com a PM. Órgãos públicos e agências bancárias foram depredados.
De acordo com a Polícia Militar, 71 pessoas foram detidas na ocasião. Destas, 48 --13 delas adolescentes-- foram autuadas por suspeita de dano contra o patrimônio, atentado contra o andamento de serviços essenciais e formação de quadrilha, segundo a Polícia Civil.
Yuri Barichivich-19.jul.13/Folhapress | ||
Manifestantes depredaram a sede do governo capixaba na última sexta-feira (19) |
Os dados da Polícia Civil são diferentes dos informados pelo Tribunal de Justiça, que diz ter havido 44 detenções, e dos divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, que afirma que foram 46 detenções. Os órgãos não souberam explicar a diferença.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, até a noite desta segunda-feira (22) apenas 11 pessoas, todas elas adultas, permaneciam detidas no Centro de Detenção Provisória de Viana. Os demais foram liberados por decisão da Justiça e responderão em liberdade aos inquéritos.
Em nota, o movimento "Não É Por Centavos, É Por Direitos" afirma que as detenções foram arbitrárias e acusa o Governo do Estado de criminalizar as manifestações em Vitória.
PREJUÍZO
O Ministério Público investigará os danos causados à Assembleia Legislativa após a desocupação da Casa.
No início do mês, a sede do Legislativo foi invadida por manifestantes que pleiteavam a votação de um decreto que acabaria com a cobrança de pedágio na Terceira Ponte. A Casa chegou a ficar 11 dias sob ocupação.
Na época, o valor do pedágio foi reduzido (de R$ 1,90 para R$ 0,80).
Na semana passada, a Assembleia encaminhou relatório ao Ministério Público onde acusa manifestantes de destruírem parte da estrutura e do mobiliário da sede. O prejuízo foi estimado em R$ 104 mil.
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