Moradores fazem protesto por mais segurança na região do Butantã
Um grupo de cerca de 400 pessoas faz um protesto na manhã deste sábado para pedir mais policiamento na região do Butantã, na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes chegaram a fechar a avenida Corifeu de Azevedo Marques, no sentido bairro.
A manifestação foi organizada pela comunidade "Segurança USP e Arredores", no Facebook. "A Polícia Militar já faz o máximo possível com o que tem. Agora a gente quer que Alckmin libere maior efetivo, mais investimento, mais equipamento", disse Roberto Sekiya, um dos organizadores.
Segundo o major Ezequiel Morato, responsável pelo batalhão, a área tem atualmente 120 homens e cerca de 20 carros da corporação, divididos em turnos. Ele não deu detalhes, mas afirmou que a PM está identificando os focos de problema. O batalhão é responsável nos bairros do Butantã, Morumbi, Campo Limpo e Jaguaré.
O ato teve início por volta das 10h em frente a praça Elis Regina e seguiu em passeata em direção ao 16º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento da área, onde chegou por volta das 11h30. Entre os manifestantes há famílias inteiras, inclusive crianças e idosos.
Muitos dos manifestantes afirmam ter sido vítimas de crimes diversas vezes na região. A química Sílvia Cerqueira, 32, afirma ter sido assaltada três vezes perto de casa, além de ter tido o carro furtado uma vez. O crime mais recente ocorreu quando ela retornava a pé para casa e foi abordada por um bandido armado em uma motocicleta, que pediu sua bolsa. "Não saio mais de casa a pé, só ando de carro", diz.
"Estamos reféns dos assaltantes aqui", afirmou o engenheiro Marcelo Cecato, 45. Ele disse já ter sido vítima de um sequestro relâmpago quando seguia para o trabalho, por volta das 7h. Ele teve o carro fechado pelos bandidos, que entraram seu carro e o fizeram refém.
Cecato conta que o crime foi percebido por um taxista que acionou a polícia. Houve perseguição e os bandidos fugiram a pé, abandonando o carro e libertando ele. Assim como Silvia, ele afirma que deixaria o bairro por conta da violência.
Ciclistas que costumam trafegar pelo campus da USP também se uniram aos manifestantes. Entre eles está o engenheiro Antonio Wilson, 65, que afirma ter sido informado por telefone, quando seguia para o ato, que o filho, que mora na mesma região, teve a casa assaltada na manhã deste sábado. "Eu vim porque é uma causa importante, mas só sei que meu filho está bem".
Entre os gritos de ordem usados pelos manifestantes pode ser ouvido: "Estamos superescoltados enquanto tem gente sendo assaltado no bairro." Ao todo, o grupo foi acompanhado por seis motos da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), uma base móvel e um carro de patrulhamento.
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