Raio mata quatro pessoas e fere outras quatro em Praia Grande, litoral de SP
Quatro pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas na tarde desta segunda-feira (29) ao serem atingidas por um raio na orla de Praia Grande, no litoral sul de São Paulo. Os mortos são todos da mesma família.
O acidente ocorreu por volta das 14h20 na praia Canto do Forte, perto do quiosque 15. As vítimas foram socorridas no local e encaminhadas para o Hospital Municipal Irmã Dulce, onde as mortes foram confirmadas.
Os mortos foram identificados como Zenildo Tadeu Vieira, 69, coronel aposentado da PM, e sua mulher, Andrea Boaretto, 41; a sobrinha do casal Katia Boaretto e o marido dela, Luciano Garcia.
Entre os feridos, há uma vendedora ambulante de 30 anos. Segundo o subsecretário de Saúde, Rodrigo França Gomes, ela não corre risco de morte, mas iria passar por uma avaliação neurológica.
Três turistas –mãe e duas filhas– foram submetidas a avaliação devido a ferimentos no rosto, segundo a prefeitura, e seriam transferidas para um hospital particular. A família não autorizou a divulgação dos nomes.
Com a ventania e os trovões, a maioria dos banhistas deixou a praia, mas muitos ficaram na areia e no mar.
De São Paulo, a família atingida, com oito pessoas, estava sob dois guarda-sóis. "A gente estava esperando para ir embora. Estava uma chuvinha, não estava relampejando", afirmou Zacarias Peixoto, 74, irmão de Zenildo.
"Eles deram um grito, levantaram a mão e logo caíram. A gente achou que fosse uma brincadeira", afirmou Valéria, filha de Zacarias.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ISRAEL
"Meu pai viajou a Israel em época de bombardeios à Faixa de Gaza, comandou resgate no edifício Andraus [em um incêndio em 1972], caiu de moto na Imigrantes há dez anos e nunca aconteceu nada. Como eu ia imaginar que ele morreria por causa de um raio na praia?", indaga o engenheiro eletrônico Claudio Peixoto, 42, um dos três filhos de Zenildo.
O militar aposentado, oitavo filho de uma família de 14 irmãos, trabalhou anos fazendo resgates como bombeiro antes de trabalhar na PM.
Havia se aposentado em 1996 e desde então fazia projetos de planos de evacuação para empresas e edifícios.
Zenildo adorava viajar com a segunda mulher, a pedagoga Andrea Boaretto, 42, diretora de uma escola da Polícia Militar. Os dois estavam casados havia dez anos.
"Eles se conheceram no centro espírita e começaram a namorar. Os dois se davam muito bem. A Andrea era muito brincalhona", conta Carlos Boaretto, um dos quatro irmãos da vítima.
A família Boaretto passou o Natal na casa da matriarca em São Paulo dias atrás. Katia e Luciano também participaram. Ela estudava administração e trabalhava numa revendedora de carros em Jacareí. Eles estavam casados havia um ano.
A Defesa Civil de Praia Grande informou que, desde o início de dezembro, faz campanha para orientar os turistas a deixar a praia em caso de tempestades com raios. "Mas muita gente não segue a orientação, quer ficar na praia", diz o coordenador Luciano Souza.
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