Alckmin vê tarifa 'barata' e anuncia reajuste nos bilhetes de integração
Ronny Santos/Folhapress | ||
Ônibus na rua Xavier de Toledo, centro de São Paulo; integração terá ajuste além da inflação |
Após decisão do STJ favorável ao aumento do valor da integração do Bilhete Único, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que a partir de sábado (15) passarão a valer as novas tarifas para quem utiliza conjuntamente metrô e trens da CPTM e os ônibus da capital paulista.
O aumento havia sido suspenso pela Justiça no início do ano, em uma derrota para Alckmin. O reajuste é acima da inflação, tanto na integração de ônibus com metrô ou trem (de R$ 5,92 para R$ 6,80) como nas modalidades diária (de R$ 16 para R$ 20) e mensal (de R$ 230 para R$ 300).
Após o anúncio do governo do Estado, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) afirmou que as modalidades temporais apenas de ônibus terão os mesmos valores dos trilhos.
O reajuste do bilhete compensará, em parte, o congelamento das tarifas unitárias dos trens e metrô.
"É importante esclarecer que a tarifa básica dos ônibus municipais, Metrô e da CPTM permanece em R$3,80, mesmo valor praticado em 2016. A tarifa básica paulistana está entre as mais baratas da Região Metropolitana de São Paulo", afirma nota do governo Alckmin.
Neste ano, o valor das passagens de metrô e trem, hoje em R$ 3,80, não foi reajustado, segundo decisão tomada pelo governador no fim do ano passado. Na ocasião, o governo optou por reajustar apenas as tarifas intermunicipais após Doria, aliado político de Alckmin, confirmar promessa de que as tarifas de ônibus da capital seriam mantidas em R$ 3,80 ao longo deste ano.
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As decisões judiciais que barraram o reajuste foram resultado de um pedido feito pela bancada do PT na Assembleia Legislativa.
No começo do ano, o Tribunal de Justiça de SP negou o pedido do governo paulista para reverter decisões contrárias ao reajuste.
O Estado então recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), justificando que, sem o reajuste e com o congelamento das tarifas, teria que arcar com prejuízos no valor de R$ 400 milhões ao ano. No sábado (8), o tribunal acatou o recurso e permitiu os aumentos.
OUTRAS MODALIDADES
Os bilhetes Madrugador (Metrô das 4h40 às 6h15 e CPTM das 4h40 às 5h35) e Da Hora (das 9h às 10h, nas linhas 8, 9 e 5), que custavam R$ 2,92, terão valor de R$ 3,40. Já o bilhete Fidelidade terá desconto de 10,5%, de acordo com o número de viagens.
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