Ministério Público entra com ação contra agrotóxicos
O Ministério Público Federal no Distrito Federal apresentou à Justiça, nesta segunda-feira (24), uma ação civil pública para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acelere a reavaliação de oito substâncias usadas como agrotóxicos. E para que, até que a reavaliação seja feita, essas substâncias sejam suspensas pelo governo.
Os oito ingredientes alvo do MPF são parationa metílica, lactofem, forato, carbofurano, abamectina, tiram, paraquate e glifosato.
Em 2008, a Anvisa iniciou o processo de reavaliação de 14 substâncias agrotóxicas que já tinham sido banidas em outros países ou que tinham evidências científicas de que poderiam fazer mal à saúde.
De lá para cá, seis delas foram banidas e duas autorizadas a permanecerem no mercado sob restrições.
"Devemos atentar para a literatura científica atualizada que demonstra a produção de efeitos teratogênicos, carcinogênicos e mutagênicos decorrentes do uso dos ingredientes ativos apontados na presente ação", diz a ação do MPF.
Uma segunda ação foi protocolada, também nesta segunda pelo MPF, contra o uso do herbicida 2,4 D. A procuradoria quer impedir a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Bissegurança) de autorizar "a comercialização de sementes transgênicas resistentes à substância até um posicionamento definitivo por parte da Anvisa".
Procurados, a Anvisa, o Ministério da Agricultura e o Ministério da Ciência e Tecnologia (todos os responsáveis pelas críticas feitas) informaram que ainda não foram notificados.
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade