Para o mensalão funcionar, cada envolvido exercia um papel diferente.
Veja como era o esquema
Delúbio Soares
Nome: Delúbio Soares de Castro
Nascimento: ( anos)
Perfil: Entrou para a política nos anos 1970, no Movimento da Anistia, em Goiânia. Professor de matemática, foi um dos fundadores do PT, da CUT e do Sintego (Sindicado dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás). Era o tesoureiro do PT quando o mensalão veio à tona. Expulso da sigla no auge do escândalo, foi reintegrado em 2011 e vive em Goiânia, onde trabalha para voltar à política.
Acusação: Responsável pelas finanças do PT na campanha presidencial de 2002 e no início do governo Lula, negociou com Marcos Valério a montagem do esquema, segundo a Procuradoria, e orientou a distribuição de recursos para os partidos aliados ao governo. De acordo com a denúncia, mandou assessores sacarem R$ 550 mil do valerioduto
Defesa: Confirma os empréstimos de Marcos Valério, mas diz que o dinheiro era para saldar dívidas contraídas pelo PT e pelos partidos governistas em campanhas eleitorais, e não para comprar votos no Congresso. Afirma que não ofereceu vantagem indevida para servidores públicos e que é "inútil" comprar votos de parlamentares de partidos já aliados.
Decisão: Delúbio foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, e a uma pena de 8 anos e 11 meses, que deverá cumprir inicialmente em regime semiaberto, além do pagamento de R$ 325 mil em multas. É um dos réus que têm direito a um novo julgamento para o crime de formação de quadrilha, possibilidade aberta depois da aceitação pelo STF de recursos chamados embargos infringentes. Por causa disso, sua pena ainda pode ser diminuída.
Lula Marques/Folhapress