DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
O armador Vitor Benite, 21, herdou do pai, o engenheiro Francisco Carlos, 55, a paixão e o estilo de jogar basquete. Foi em uma pequena quadra improvisada nos fundos da casa da família, em Campinas (SP), que Vitor deu seus primeiros arremessos.
"Com três, quatro anos, eu já jogava contra meus dois irmãos. O time era eu e meu pai contra eles. Eu ficava nervoso se perdia uma disputa contra eles", lembra o armador titular do Limeira, oitavo colocado no NBB (Campeonato Nacional de basquete).
Vitor é armador da equipe, mas também faz as vezes de ala-armador e trilha um caminho iniciado pelo pai ainda na década de 1970.
Francisco atuou nas mesmas posições no Clube das Bandeiras, equipe da pequena Osvaldo Cruz, cidade paulista a 558 km da capital.
Suas atuações foram fonte de inspiração para a jovem Maria Paula Gonçalves da Silva, que, anos depois, até ganhou o apelido de "Magic" Paula por sua habilidade e técnica com a bola.
"Ele [Francisco] foi meu primeiro ídolo no basquete", afirma Paula, conterrânea do pai de Benite. "Quem diria que, anos depois, eu veria o filho dele na seleção brasileira?", completa a ex-atleta.
Dos três filhos de Francisco, apenas Vitor levou o basquete a sério. As primeiras aulas foram aos sete anos, no Flamengo, na época em que a família morou no Rio.
Quatro anos depois, quando os Benite se mudaram da capital fluminense para Campinas, Vitor passou a defender o Regatas. Por quatro temporadas, foi cestinha dos torneios de base do Estado.
De lá, foi convocado para as seleções brasileiras sub-16 e sub-17, transferiu-se para o Rio Claro e treinou durante um mês e meio em uma universidade nos EUA. Na volta, retornou para Rio Claro e se tornou profissional.
Vitor foi contratado pelo Franca em 2009. Chamou a atenção do argentino Rubén Magnano, treinador da seleção brasileira, quando foi eleito a revelação, o melhor sexto homem e o jogador que mais evoluiu na temporada 2010/2011 do NBB.
Graças à deserção do ala-armador Leandrinho, Vitor permaneceu no time que disputou o Pré-Olímpico em Mar del Plata, entre agosto e setembro do ano passado.
Foi cestinha em duas das dez partidas da campanha histórica do Brasil na Argentina, que classificou o país para os Jogos Olímpicos depois de 16 anos de jejum.
E fez Paula relembrar o passado de tiete em Osvaldo Cruz. "Ver o Vitor em quadra me lembra demais o pai dele, porque ele tem visão de jogo e sabe marcar muitos pontos", diz a ex-jogadora.
Nome: Vitor Alves Benite
Nascimento: 21.jan.1990, em Jundiaí (SP)
Onde mora: Limeira (SP)
Peso e altura: 88 kg e 1,90 m
Clube: Limeira
Escolaridade: Ensino médio completo
Twitter: @vitorbenite
Facebook: Vitor Benite #8
Site oficial: www.vitorbenite.com.br
Ídolo: Michael Jordan
Superstição: não tem
Hobby: Reunir-se com amigos e família
Música: Rock
Comida: Churrasco
Seu maior momento no esporte: Conquista da vaga olímpica no pré-olímpico em Mar del Plata, em 2011
O maior momento do esporte: Conquista do pentacampeonato mundial de futebol, em 2002
Patrocinadores: Embratel
Principais feitos: Vice-campeão do Pré-Olímpico-2011, na Argentina. Campeão sul-americano sub-17