Grupo protesta contra Doria em cerimônia de aniversário de SP
Os manifestantes afirmavam que o tucano pratica uma "política higienista" na cidade
Os manifestantes afirmavam que o tucano pratica uma "política higienista" na cidade
A cidade de São Paulo completa 469 anos nesta quarta (25) e continua sendo berço científico no país. Estão aqui alguns dos principais institutos de pesquisa brasileiros, como o Butantan, o Adolfo Lutz e, claro, a maior universidade da América Latina, a USP.
[RESUMO] Em entrevista à Folha, professora da USP argumenta que São Paulo vem sendo planejada por poucos e para poucos, o que produziu um padrão desigual de urbanização. A cidade vive um momento especial em sua história, com a coexistência de crises e a emergência política de sujeitos periféricos que podem protagonizar um novo ciclo de lutas urbano, diz.
Muitos estrangeiros visitam São Paulo a trabalho ou só de passagem, com destino a locais considerados mais turísticos, como Rio de Janeiro ou Foz do Iguaçu. Sem expectativas, eles se surpreendem com o que veem e dizem que queriam ter ficado mais.
Na véspera do aniversário de São Paulo, celebra-se em vários bairros um evento que nasceu fora das fronteiras brasileiras, mas que também diz muito sobre a cidade: a festa da Alasita, da comunidade boliviana, dedicada a um deus indígena aimara que representa abundância.
"Nasci e cresci aqui em Itaquera, é onde eu ganho meu sustento e crio minha família. Daqui não preciso sair para nada e não trocaria por nenhum lugar", diz o feirante Helton Otávio dos Santos, 34.
No caminho entre a Casa Verde e a avenida Paulista, tudo é novidade. De conhecido mesmo, só o estádio do Pacaembu, tão bonito quanto se vê na televisão. "Queria vir num dia que o Flamengo jogasse aí, mas deve ser uma bagunça na hora de entrar e de sair", diz, cortando o silêncio o atento passageiro no banco de trás.
Lavadeiras limpam roupas no rio Tietê, cavalos pastam na avenida Rebouças, trem atravessa feira livre em Santana. Esses e outros registros históricos da cidade de São Paulo desde 1920 estão reunidos no projeto Fotografia Paulistana, lançado nesta sexta (24), véspera do aniversário da capital, no site da Folha.
Se não for para trabalhar ou estudar, 22% dos paulistanos dizem não sair de casa nem no dia a dia nem aos finais de semana. A explicação está na preferência por ficar no conforto do lar e na falta de dinheiro. Já para quem tem mais de 60 anos, a dificuldade de locomoção é a principal justificativa.
Quando Alex Costa chegou para morar no Capão Redondo, aos 4 ou 5 anos de idade, aquilo tudo era mato. Hoje, é um mar de concreto e sobrados com tijolo à mostra. Você poderia pensar que hoje Alex é um homem idoso e relembra saudoso da infância passada em meados do século passado, mas na verdade isso aconteceu há apenas 30 anos.
O aniversário de 463 anos da cidade de São Paulo trouxe de volta uma tradição paulistana que nos últimos nove anos estava enfraquecida: o bolo gigante do Bexiga.