Fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental vigente e lutar contra as distorções que provocaram o aumento do desmatamento nos últimos anos são os maiores desafios na preservação do bioma da mata atlântica.
O ciclo de destruição da floresta atlântica, que começou em 1500 por causa dos europeus, volta a ficar ativo na Bahia, revelam dados de um mapeamento florestal da ONG SOS Mata Atlântica e do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Pau-brasil à vista Quando Cabral aportou por aqui, a mata atlântica cobria 131 milhões de hectares –15% dos 851 milhões de hectares que tem o Brasil atual. Hoje são 16 milhões de hectares, ou seja, menos de 2% da área do país.
Quando um grupo de estudantes da USP se revoltou contra o plano de construção de um aeroporto nas matas de Caucaia do Alto (periferia de São Paulo), ali por 1978, poucos poderiam imaginar que começava a nascer um dos mais bem-sucedidos projetos ambientalistas do Brasil.
Depois de séculos de destruição, a regeneração da mata atlântica em alguns locais do país começa a animar os pesquisadores da área.
Toda a complexidade que envolve o termo desenvolvimento sustentável, por mais desgastado que ele esteja, está explícita em Porto Seguro (BA), aos pés do monte Pascoal, a montanha que motivou a esquadra de Cabral a anunciar "terra à vista".
Perdas consideráveis da cobertura florestal colocaram o Estado de São Paulo novamente na lista do desmatamento da mata atlântica no último ano.
Ao virar uma chave na mente depois de passar pela portaria da parte baixa do Parque Nacional de Itatiaia, entre Rio e São Paulo, o visitante começa a se surpreender com a riqueza de uma mata atlântica saudável.
A Folha promove na próxima segunda-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, uma discussão sobre a mata atlântica.