Com seleção mais baixa, Dunga vê ameaça em bola aérea paraguaia
Há uma preocupação na seleção brasileira para enfrentar o Paraguai, no próximo sábado (27), pelas quartas de final da Copa América.
A bola aérea é o forte da equipe rival. A principal jogada do time comandado por Ramón Diaz, que se arma fechado, é sair nos contra-ataques e esperar lances em que possa alçar a bola na área.
A preocupação aumenta porque a seleção brasileira que disputa esta Copa América é mais baixa comparada com a base de Dunga nos primeiros amistosos desde que ele retornou à seleção e também em relação à seleção na Copa do Mundo de 2014.
Editoria de arte/Folhapress | ||
Por isso, Dunga provocou estranhamento nas substituições no fim do jogo contra a Venezuela, colocando o zagueiro David Luiz (1,88 m) para jogar de volante no lugar de Philippe Coutinho (1,72 m) e outro defensor, Marquinhos (1,83 m), na vaga de Robinho (1,75 m), como lateral-direito –liberando Daniel Alves para atuar como ponta direita.
A ideia era neutralizar as bolas aéreas dos venezuelanos, mas foi também um teste de alternativas que podem ser usadas contra o Paraguai, para começar o jogo (principalmente a entrada de David Luiz na vaga de Coutinho) ou no decorrer da partida.
"Nossa análise mostra que o Paraguai tem como ponto forte essas bolas áreas. Nossos zagueiros estão treinando para isso, e farei um trabalho especial com Jefferson também", disse Taffarel, preparador de goleiros do time.
PROBLEMAS
Somente quatro dos 11 titulares da seleção contra a Venezuela têm 1,80 m ou mais (Jefferson, Thiago Silva, Miranda e Firmino). A média de altura nesse jogo foi de 1,78 m, inferior em dois centímetros ao time considerado ideal por Dunga e à equipe que terminou a Copa-2014.
Os paraguaios têm uma média de altura parecida, 1,79 m, mas cinco jogadores têm 1,80 m ou mais. As maiores preocupações são o volante Victor Cáceres, de 1,86 m, e o atacante Roque Santa Cruz, de 1,89 m, que será o atleta mais alto em campo na partida em Concepción.
Dunga perdeu para a Copa América três titulares, lesionados, todos com mais de 1,80 m –o lateral Danilo (1,84 m), o volante Luiz Gustavo (1,87 m) e o meia Oscar (1,81 m). Os substitutos dos três não chegam perto de 1,80 m.
Daniel Alves, chamado para o lugar de Danilo, tem 1,73 m. No meio, Fernandinho assumiu o posto de Luiz Gustavo de primeiro volante com 1,75 m e, no meio, Philippe Coutinho, no lugar de Oscar, tem 1,72 m –é o mais baixo entre os titulares da equipe.
"O time é rápido e faz trocas de bola no meio, é uma característica dessa seleção", disse o meia Willian, um dos destaques da equipe sem Neymar e que mede 1,74 m.
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