Mesmo proibido, brasileiro usa chapéu de couro no pódio para não "apanhar"
Álvaro Filho queria manter uma tradição no pódio em Toronto. Mas foi proibido.
Parceiro do também paraibano Vitor Felipe, ambos com 24 anos, Alvinho pegou seu chapéu de couro e tentou levá-lo à cerimônia na qual receberia a medalha de prata. Mas a organização do Pan não aceitou.
"Proibiram. Tentei esconder, mas não deu certo. Sempre entro com o chapéu de couro nos pódios. Mas aqui não deu. Depois que entregaram as medalhas que consegui. Se não entro com ele, eu ia apanhar muito na Paraíba", explica Alvinho.
O jogador só vestiu o chapéu depois da execução do hino mexicano, em homenagem aos campeões Rodolfo Ontiveros e Juan Virgen, que bateram os brasileiros de virada por 2 sets a 1 (parciais de 21/18, 13/21 e 8/15).
A ideia do chapéu de couro surgiu há cerca de dez anos com o pai do jogador, Álvaro Morais, que pediu ao filho representar as raízes do Nordeste quando fosse a alguma premiação.
Vitor Felipe, parceiro de Alvinho desde os 15, também já usou o chapéu em alguns pódios quando fizeram dupla pela primeira vez, entre 2006 e 2011. Vitor, porém, abandonou essa tradição quando foi morar no Rio de Janeiro e fez parceria com outros jogadores.
"Agora estou triste por ter perdido o ouro, mas quando passar essa tristeza do jogo vou ficar feliz por essa medalha de prata, que é para sempre", analisa Vitor.
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