Seis meses após Rio-2016, COB perde patrocinadores privados
Seis meses depois do encerramento da Rio-2016, os contratos entre patrocinadores privados e o Comitê Olímpico Brasileiro não foram renovados e a entidade não recebe mais as cotas de Nike, Nissan e Bradesco. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (15) pelo site "Máquina do Esporte" e foram confirmadas pela Folha.
"Todos os contratos de patrocínio se encerraram em 31 de dezembro de 2016 e no momento o COB está no mercado negociando um novo plano comercial com empresas interessadas em apoiar o esporte olímpico até Tóquio-2020. As primeiras categorias que serão abertas para negociação são: material esportivo, banco e telefonia. O objetivo do COB é fechar estes três patrocinadores oficiais ainda em 2017. Ao longo do ano ainda serão abertas novas categorias de Apoiadores e Fornecedores Oficiais também, cada uma com uma grade de direitos/entregas especifica dentro do novo plano comercial", informou o COB à reportagem via assessoria de imprensa.
"A partir do momento que o Rio de Janeiro conquistou o direito de se tornar sede dos Jogos Olímpicos de 2016, todos os contratos comerciais de patrocínio do COB nos últimos dois ciclos olímpicos passaram a ser negociados pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Essa é uma regra do Comitê Olímpico Internacional para todos os países que recebem uma edição olímpica", acrescentou.
Com a não-renovação entre COB e as empresas, a principal fonte de recursos do comitê passou a ser a Lei Piva, que destina porcentagem da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal ao esporte olímpico e paraolímpico do país. A entidade espera arrecadar cerca de R$ 210 milhões em 2017 com base nessa lei.
"O COB trabalha com uma estimativa de arrecadação da Lei Agnelo/ Piva para o próximo ano de R$ 210 milhões. Em paralelo a isso, o COB segue negociando com grandes empresas para patrocinar o Time Brasil", disse o COB via assessoria de imprensa.
A Nike tinha relação com o COB desde 2012, assim como a Nissan. Já o Bradesco venceu a primeira concorrência para a escolha dos patrocinadores nacionais dos Jogos Olímpicos ainda em 2010.
ENXUGAMENTO
O corte de investimentos não atingiu somente o COB. Após investimento recorde de olho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o patrocínio dos Correios para a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) praticamente retrocedeu ao patamar de 15 anos atrás. Entre 2002 e 2003, os Correios deram R$ 10,5 milhões -em números corrigidos pelo IPCA.
Nos próximos dois anos, a estatal vai destinar à confederação R$ 11,4 milhões -R$ 5,7 milhões por temporada.
Como comparação, no último ciclo olímpico, entre 2012 e 2014, as verbas de patrocínio da estatal atingirem um pico de R$ 59 milhões.
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