Bolsa Atleta reforça polarização olímpica
O Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio direto a esportistas de alto rendimento do Brasil, não é suficiente para diminuir as disparidades entre o eixo Rio-São Paulo e o resto do país no cenário dos esportes olímpicos.
Levantamento realizado pela Folha com dados do Ministério do Esporte mostra que os Estados da região Sudeste, onde estão os principais centros de treinamentos e clubes –bem como as maiores empresas com potencial para patrocinar as modalidades olímpicas– concentram a grande maioria dos atletas beneficiados pelo programa do governo federal.
Criado em 2005, o Bolsa Atleta beneficia atualmente pouco mais de 6.000 esportistas praticantes de modalidades olímpicas. Mais da metade deles declarou à pasta cidades da região Sudeste como local de residência.
Só as capitas paulista e fluminense concentram quase 1.400 beneficiados pelo programa, mesma quantidade das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste juntas.
Mesmo se levada em consideração a maior concentração populacional na região Sudeste, a disparidade continua. A relação de bolsistas por milhão de habitantes é de 39,5 no Sudeste contra 13,1 no Norte; 14,1 no Nordeste; e 26,3 no Centro-Oeste.
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