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Dançarino deixa emprego e filho por 3 meses para participar de cerimônia de abertura

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Para fazer parte da Copa das Confederações, Marciano Marques, 36, viajou mais de 500 km, deixou trabalho e filho para trás, foi morar na casa de parentes e perdeu metade do seu salário.

O funcionário do Centro Interescolar de Educação Física de Inaciolândia, em Goiás, a 550 km de Brasília, que agora trabalha em uma lanchonete, será um dos dançarinos do show que vai anteceder a partida inaugural da competição, entre Brasil e Japão.

Adriano Vizoni/Folhapress
Marciano, que morou em casa de parentes para 'representar o Brasil' na festa, posa para fotos em frente ao estádio
Marciano, que morou em casa de parentes para 'representar o Brasil' na festa, posa para fotos em frente ao estádio

Marques soube da possibilidade de participar da cerimônia de abertura no fim de março, quando visitava parentes em Ceilândia, cidade satélite da capital federal.

"Para minha surpresa, me ligaram para fazer o teste. Fiz, passei, mas teria que ficar em Brasília. Não teria como ir e voltar. Decidi ficar", disse.

Abandonar Goiás significou ficar distante de Kauê, 10. Ele só encontrou o filho uma vez nos últimos três meses.

"Ele já entende que o que estou fazendo é por uma boa causa e diz que está muito orgulhoso", afirmou.

No DF, Marques tem se mantido graças à ajuda de R$ 850 que recebe como auxiliar na lanchonete dos parentes que lhe deram abrigo, entre Ceilândia e Taguatinga. Formado em educação física, ganhava R$ 1.600 de salário.

"Esse aprendizado aqui vai ser importante para eu usar no meu trabalho em Inaciolândia. Faço bastante trabalho voluntário lá também e estou encarando tudo isso como uma maneira de ter conhecimento com gente de renome, experiente, para usar lá", declarou o dançarino.

Marques passou boa parte da sua estadia nos arredores de Brasília ensaiando aos fins de semana. Nos últimos dias, a carga aumentou. "Ficou um pouco mais complicado porque demoro mais de duas horas para chegar, tenho que pegar dois ônibus. E muitas vezes venho sem dormir porque trabalho na lanchonete até 4h ou 5h da manhã."

E, após tanto esforço, o dançarino nem sabe se poderá ver o Brasil em campo. "Alguns até entraram no elenco achando que veriam o jogo, mas não é certeza. De qualquer maneira, estaremos representando o Brasil", afirmou, todo orgulhoso.

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