'Pé-frio', Uruguai sofre, agora em Salvador
Definitivamente, a vida da seleção uruguaia não anda nada fácil nesta Copa das Confederações. Chamados de azarados nas redes sociais, os atuais campeões da América enfrentaram ontem protestos no hotel, campo enlameado e acesso esburacado para o treino em Salvador, após penarem no Recife.
Amanhã, a seleção terá pela frente a Nigéria, às 19h, na Fonte Nova, em um confronto direto pela segunda vaga do grupo às semifinais, juntamente com os espanhóis.
A situação só não foi pior porque as chuvas que vinham caindo na capital baiana deram uma melhorada ao longo do dia. A preocupação com as inúmeras poças no gramado do Barradão, estádio de propriedade do Vitória e palco das atividades da equipe, levou um grupo da comissão técnica a fazer uma vistoria no local, ainda pela manhã.
O tempo mais firme ajudou, mas o campo não deixou de receber críticas da imprensa do Uruguai. Repórteres mostravam os sapatos encharcados às câmeras de TV.
O piso também era irregular e com setores recém-plantados, exibindo várias cores.
Para chegar ao CT, o ônibus da deleção precisou encarar um buraco de mais de 7 m de diâmetro, na avenida Aliomar Baleeiro, responsável por travar o trânsito. Metade da pista estava destruída, e a outra metade, alagada, abria brecha para motociclistas invadirem a calçada.
Não bastasse, o hotel do time, no litoral norte da cidade, vive uma greve que conta com a adesão de parte dos funcionários. Na porta, do lado de fora, dezenas de membros do sindicato da categoria promovem manifestações com faixas e palavras de ordem em busca de um reajuste salarial de 10%.
Apesar dos problemas, o goleiro Muslera minimizou os episódios. "Tive uma impressão boa [de Salvador]. Vimos que o gramado [do Barradão] estava inundado, um dia antes, mas hoje estava bem. Em Recife, foi mais complicado", afirmou.
Em Pernambuco, onde perdeu para a Espanha com direito a um baile no primeiro tempo, o Uruguai já havia ficado um dia sem treinar, por conta das chuvas, e chegou a usar seu site oficial para reclamar das condições encontradas na ida ao CT do Sport.
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'