Neymar sofre e faz mais faltas que todos os companheiros no jogo contra a Itália
Neymar, classificado por Luiz Felipe Scolari como gênio, apanhou como sempre, mas também bateu no jogo de ontem contra a Itália, na Arena Fonte Nova.
O atacante foi o jogador que mais sofreu faltas dos italianos --oito-- e, ao mesmo tempo, o brasileiro que mais cometeu infrações --cinco--, curiosamente mesma marca de outro atacante, Hulk.
Como comparação, as faltas dos zagueiros, somadas, deram menos: David Luiz cometeu duas, Dante uma e Thiago Silva, nenhuma.
"Faz parte do futebol. Vocês me conhecem e sabem que eu não sou um jogador violento", disse o atacante, escolhido pela terceira vez seguida o melhor em campo de uma partida do Brasil nesta Copa das Confederações.
Uma das faltas que cometeu acabou ocasionando a substituição do lateral Abate, que deslocou o ombro direito e está fora da Copa das Confederações. Um minuto antes, o rival havia acertado o brasileiro no calcanhar.
"Foi um lance normal, uma dividida. Espero que não tenha acontecido nada de grave com ele", disse Neymar, sem saber que o italiano não joga mais a competição.
O técnico Felipão defendeu o jogador e afirmou que não houve revide no lance.
"Ele leva muitas faltas e comete uma ou outra porque ele é franzino e não tem o posicionamento para parar uma jogada como jogadores do meio. Ele vai na bola descoordenado, no sentido de fazer a falta", disse Felipão.
O técnico sacou o camisa 10 da equipe aos 23 min do segundo tempo para poupá-lo das pancadas do time italiano e também porque ele já tinha recebido o cartão amarelo no lance com Abate.
O jogo de ontem mostrou como os jogadores de frente da seleção comandada por Felipão estão ajudando na marcação. Depois de Neymar e Hulk, quem mais cometeu faltas foi Oscar, o meia de ligação, com quatro infrações.
"É pedido para ajudar na marcação. O Felipão sempre fala que o importante é começar a parar os rivais na frente", disse Neymar.
ELOGIOS
O treinador, como sempre, rasgou elogios ao comandado, principalmente pelo gol de falta --o primeiro desde que Felipão reestreou no comando da seleção, em fevereiro deste ano. A Itália havia acabado de empatar a partida, com Giaccherini, e o gol de Neymar devolveu tranquilidade à equipe.
"Ele [Neymar] é um ídolo do povo brasileiro, de todos que gostam de futebol e da genialidade. No lance da falta, ele vê que o Buffon dá um passo para o lado e bate no canto. Só quem podemos classificar de gênio é quem faz a diferença."
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