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Empresa de guindastes teve outras duas mortes, além do acidente no Itaquerão

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A Locar, empresa dona do guindaste envolvido no acidente que matou dois trabalhadores no Itaquerão, em 27 de novembro, já enfrentou ao menos outras duas mortes decorrentes de possíveis problemas com suas máquinas.

O engenheiro Ricardo de Almeida Sertório, 55, casado e pai de um filho, foi contratado em 2002 por um laboratório farmacêutico para cuidar da construção de uma filial em São Paulo.

Em 14 de agosto daquele ano, Sertório acompanhava a instalação de uma peça metálica produzida na Holanda, com cerca de 2,5 toneladas, e que era manuseada por uma máquina da Locar.

Quando a peça era erguida, a corrente que a sustentava rompeu e atingiu Sertório, que morreu depois de ser levado para o hospital.

Um dia antes do acidente que matou o motorista Fábio Luiz Pereira, 41, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, 43, nas obras do Itaquerão, o Tribunal de Justiça de SP emitiu um acórdão sobre a ação cível no caso de Sertório.

No documento, o desembargador José Carlos Ferreira Alves escreveu que a Locar teve "responsabilidade na morte de Sertório, tendo em vista a conclusão do laudo do IC (Instituto de Criminalística), que constatou sua negligência na manutenção do equipamento utilizado na obra."

A Locar, que também prestou serviços na Arena Pernambuco, outro estádio a ser usado na Copa do Mundo, foi condenada a indenizar a família de Sertório e alegou que a morte dele foi em decorrência de um possível mau atendimento hospitalar à vítima.

Segundo análises preliminares do IC, o acidente com o guindaste da Locar no Itaquerão têm indícios de ter sido causado por problemas de manutenção na máquina.

Outra morte com uma máquina da Locar, considerada a maior empresa do ramo de transporte de grande porte no Brasil, foi em julho de 2001.

Durante a instalação de uma hélice no parque produtor de energia eólica de Água Doce, Santa Catarina, o operador de guindaste Raimundo de Jesus, 36, morreu quando a máquina tombou ao ser atingida também por uma grande peça metálica.

OUTRO LADO

O advogado Carlos Kauffmann, da Locar, disse que a a morte do engenheiro Ricardo de Almeida Sertório foi uma fatalidade.

"O inquérito policial sobre a morte do engenheiro Sertório foi arquivado a pedido da Promotoria, tendo em vista que não foi constatada negligência ou imprudência por parte da Locar ou seus funcionários. Foi uma fatalidade que não excluiu responsabilidade na esfera cível".

Para Kauffmann, o desembargador José Carlos Ferreira Alves, do TJ de SP, "está equivocado" ao escrever que o "laudo do Instituto de Criminalística apontou negligência na manutenção do equipamento utilizado na obra".

"Não foi isso. Foi um acidente decorrente do rompimento de uma corrente que tinha uma pequena fissura".

Kauffmann e a Locar não se manifestaram sobre a morte do operador de guindaste Raimundo de Jesus, em Santa Catarina, em 2011.

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