Um operário morreu neste sábado depois de sofrer um acidente na obra de construção da Arena da Amazônia, em Manaus.

Natural de Limoeiro (CE), Marcleudo de Melo Ferreira, 22, era funcionário de empresa subcontratada pela construtora Andrade Gutierrez --responsável pela obra-- que presta serviços na montagem da cobertura da arena.

Após cair de uma altura de 35 metros, por volta das 4h, o operário foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro 28 de Agosto, onde chegou com vida. Contudo, ele não resistiu aos ferimentos e morreu nesta manhã.

Em nota, a Andrade Gutierrez lamentou o acidente e disse estar prestando assistência à família do operário.

"Reiteramos o compromisso assumido com a segurança de todos os funcionários e que uma investigação interna está sendo feita para apurar as causas do acidente. As medidas legais estão sendo tomadas em conjunto com os órgãos competentes", afirmou a empresa.

Arena da Amazônia

Coordenador da UGP Copa, órgão do governo do Amazonas responsável pela gestão a arena, Miguel Capobiango Neto disse que irá determinar a apuração do caso para verificar se os procedimentos de segurança foram seguidos.

A Polícia Civil já realizou uma perícia preliminar no local do acidente. Os trabalhos de construção do estádio foram interrompidos neste sábado.

Com a construção iniciada em novembro de 2010, a Arena da Amazônia está com 92,8% das obras concluídas, em fase de finalização do acabamento interno, da cobertura e de fixação dos assentos.

A expectativa é que o estádio seja inaugurado em 14 de novembro.

Em nota enviada à imprensa, a Fifa e o COL (Comitê Organizador Local) manifestaram "muita tristeza" pela morte do operário e enviaram "sinceros sentimentos à família, parentes, colegas e amigos" da vítima.

HISTÓRICO

Com a morte de Marcleudo de Melo Ferreira, são cinco pessoas que morreram nas obras dos estádios que receberão jogos da Copa-2014.

Esta foi a segunda tragédia na Arena da Amazônia, em Manaus. Em 28 de março de 2013, Raimundo Nonato Lima Costa, 49, caiu de uma altura de cinco metros e morreu.

A UGP Copa de Amazonas afirmou ter cobrado reforços nos procedimentos de segurança após o acidente.

Em janeiro, o Ministério Público do Trabalho realizou fiscalização nas obras do estádio e, em relatório, classificou as condições de trabalho no local como precárias.

Antes, em 11 de junho do ano passado, José Afonso de Oliveira Rodrigues, 21, morreu ao cair de uma altura de 30 metros na obra do estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Já no último dia 27 de novembro, dois operários morreram quando uma peça caiu de um guindaste que tombou na obra do Itaquerão, em São Paulo, estádio que receberá a abertura da Copa-2014.

Fábio Luiz Pereira, 41, e Ronaldo Oliveira dos Santos, 43, morreram no local.