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Temos boas chances de ganhar a Copa, diz capitão da seleção alemã

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Há dez anos, Philipp Lahm, 30, persegue o seu primeiro título com a seleção alemã. Já foi vice europeu em 2008, terceiro colocado nas duas últimas Copas do Mundo e de novo terceiro na Euro-2012.

O capitão germânico cansou de bater na trave, mas não aceita que sua geração seja lembrada como a do "quase". "Ainda não jogamos nossa última competição", diz, antes de fazer sua previsão para a Copa. "Nossas chances de título são boas".

Em entrevista à Folha, o jogador do Bayern de Munique disse ainda não saber se será lateral direito ou volante durante a Copa.

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Folha - Guardiola disse recentemente que você é o jogador mais inteligente que ele já treinou. O que acha disso?
Philipp Lahm - É lógico que eu fiquei lisonjeado. Se você pensar em todos os grandes nomes, todos os grandes jogadores de futebol com quem Pep Guardiola trabalhou durante sua carreira de técnico, vai perceber que se trata de um elogio enorme.

Você deixou a lateral e tem jogado como volante no Bayern. Como foi a adaptação à posição? Já sabe se também fará essa função na seleção?
Não é a primeira vez na minha carreira que jogo nessa posição. Fui volante no time sub-19 do Bayern de Munique que conquistou duas vezes o Campeonato Alemão da categoria. É lógico que tive que me adaptar a algumas funções, mas tenho as habilidades necessárias para jogar no meio-campo: boa técnica e a capacidade de tomar decisões rápidas. Fico feliz com esse novo desafio, mas ainda não sei como será na Alemanha. A decisão será do [técnico] Joachim Löw. Uma coisa é clara: vocês não me verão como lateral esquerdo.

Fadi Al-Assaad - 11.jan.2014/Reuters
Philipp Lahm durante uma entrevista durante uma viagem com o Bayern de Munique
Philipp Lahm durante uma entrevista durante uma viagem com o Bayern de Munique

Essa seleção resgatou o futebol alemão com boas campanhas em Copas do Mundo e Eurocopas, mas ainda não ganhou nenhum título. Por quê? Chegou a hora?
Conquistar um campeonato é um trabalho duro e, na minha opinião, o resultado de um processo pelo qual seu time precisa passar. Não é ter apenas grandes jogadores, é muito mais uma questão de desenvolvimento e experiência. Fizemos grandes campanhas e obtivemos grandes vitórias, como por exemplo contra a Argentina [4 a 0, nas quartas de final da Copa de 2010], durante esses últimos anos. Temos um time forte e penso que, em 2014, as chances são boas de ficarmos com o título.

Teme que sua geração fique marcada como uma "geração do quase"? Quase campeã europeia, quase campeã mundial...
Não. Ainda não jogamos nossa última competição. Temos a chance de acabar com essa história de ficarmos no quase. Estou totalmente focado no Brasil e esperando essa Copa no país número um do futebol. Não estou me importando com os "e se".

Entre tantos "quase" pela seleção, qual foi o mais decepcionante?
Todas as derrotas pela seleção trazem esse sentimento de decepção. Mas uma das dolorosas foi a contra a Itália, nas semifinais da Copa de 2006 [jogando em casa, a Alemanha perdeu por 2 a 0 na prorrogação].

Vencer a Copa é o único objetivo da Alemanha nesta Copa?
Nós definitivamente não vamos viajar ao Brasil só para fazermos algumas boas partidas. Vamos competir pelo título. Acredito na nossa seleção e nosso objetivo é conquistar a Copa do Mundo. Mas é claro que existem outros times fortes, que também pensam assim. Posso citar Brasil, Argentina, Espanha e Itália, por exemplo.

Você já está com 30 anos. Esta será a sua última Copa?
É algo para se conversar depois deste Mundial. Por enquanto, me sinto em forma e estou curtindo jogar futebol.

A vitória do Bayern sobre o Borussia Dortmund na última Liga dos Campeões, com dois times cheios de alemães, ajuda a seleção a recuperar uma mentalidade vencedora para a Copa?
Clubes e seleções são coisas bem diferentes. Na seleção, você não fica uma temporada completa com seus companheiros de time, só treina com eles por curtos períodos. Criar uma unidade e desenvolver o espírito de equipe nessas poucas semanas é um grande desafio. Mesmo assim, estou certo de que a experiência de uma final com dois times alemães na Liga dos Campeões e o fato de quatro times terem disputado a competição nesta temporada são pontos muito positivos, que ajudam no desenvolvimento da personalidade dos jogadores e também da seleção.

Bernd Weissbrod - 29.jan.2014/Efe
Philipp Lahm comemora uma vitória do Bayern de Munique no Campeonato Alemão
Philipp Lahm comemora uma vitória do Bayern de Munique no Campeonato Alemão

O quão bom para a Alemanha é o fato de a seleção ter apenas dois times como base, o Bayern e o Borussia?
Sem dúvida, é uma vantagem porque nossos jogadores conhecem melhor seus companheiros e o técnico já tem uma referência de quem combina com quem.

Que diferença faz para a seleção Alemanha ter o mesmo técnico há mais de sete anos?
Manter o mesmo treinador for tanto tempo é uma evidência de que há uma cooperação de sucesso entre o comando e os jogadores. A continuidade faz com que seja possível o desenvolvimento de um time e de um estilo de jogo mesmo sem os treinos diários as e partidas em sequencia que os clubes fazem. Um treinador da Alemanha que fique no mesmo emprego por sete anos tem a visão geral de como está o futebol do país e é capaz de desenvolver o seu próprio projeto: preocupar-se com o apoio aos talentos da base e focar em uma evolução consistente a longo prazo.

O que é mais importante para a Alemanha hoje: vencer ou jogar bonito?
Bem, não existe um prêmio para quem joga mais bonito, até onde eu sei. Queremos jogar o nosso melhor, de forma ofensiva e, desta forma, conseguir vencer.

Khedira, Badstuber, Schweinsteiger... Muitos jogadores importantes da Alemanha estão machucados ou tiveram problemas físicos nesta temporada. O quanto isso pode afetar a seleção?
É lógico que a gente espera que todos eles estejam bem até o começo da nossa preparação. Mas de qualquer jeito temos um time forte. Não é uma razão para tirar a Alemanha da lista de favoritos.

O futebol alemão se reinventou depois de receber a Copa do Mundo em 2006. O quanto ela foi importante para o país?
Foi uma grande oportunidade para provar nossa habilidade de organizar grandes eventos e uma chance ainda maior de reduzir o preconceito contra o povo alemão. A Copa ajudou os alemães a se permitirem sentir orgulho do seu país, um novo patriotismo veio à tona e a paixão pelo futebol alcançou um novo nível.

Você teve a experiência de jogar uma Copa em casa. O que os jogadores brasileiros vão sentir neste ano?
Foi uma experiência fantástica. Por quatro semanas a Alemanha inteira parecia estar celebrando. O futebol era tudo. Quando vejo as fotos ou vídeos de 2006, ainda não consigo acreditar que vivemos aquela euforia. Não há nada maior que disputar uma Copa em casa, ao lado da sua torcida. Os brasileiros jogam um grande futebol e sabem como festejar. Então, tenho certeza que a atmosfera desta Copa não será fácil de ser batida.

Falando em Brasil, você tem acompanhado os problemas da organização da Copa? Algo te preocupa?
É lógico que estou por dentro dos problemas e das discussões que envolvem a Copa do Mundo. Mas não temo pela nossa segurança, acredito totalmente naqueles que são responsáveis pela organização.

O calor será um obstáculo para a Alemanha? Vocês devem jogar a primeira fase toda com temperaturas acima dos 30ºC.
Espero que não. A gente compreende esta questão do clima, mas vamos chegar ao Brasil cedo e teremos cerca de uma semana para nos acostumarmos a essa condição.

Quem é mais favorito para ganhar a Copa, Alemanha ou Brasil?
Bem, o Brasil é o país-sede, os jogadores estão acostumados com o clima, terá o apoio de milhares e milhares de torcedores loucos por futebol e fez uma Copa das Confederações que foi realmente impressionante. Mas eu sou o capitão da Alemanha e sei da nossa força. Os dois times são favoritos, mas quem vai ficar com o título ninguém pode responder agora.

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