Falta de proteção para chuva, filas e banheiros sujos marcam Itaquerão
O Corinthians entregou ao seu torcedor uma casa bonita, imponente, mas inacabada e com defeitos.
O torcedor que foi ontem ao primeiro jogo oficial do Itaquerão não teve como fugir da chuva. Em todos os setores, á água atingiu a arquibancada, algo que não deveria acontecer em um estádio padrão Fifa e que sediará a abertura da Copa.
Tanto nos setores mais populares como nos mais caros a cobertura não era suficiente para bloquear a chuva.
A cobertura dos setores leste e oeste, mais caros, está incompleta. No setor norte, o torcedor viu um estádio com diversas áreas inacabadas.
Além do chão com cimento batido, a área de circulação de pessoas, entre a lanchonete e os banheiros, havia caixas d'água e estruturas metálicas aparentes.
As escadas que davam acesso aos banheiros e à lanchonete também expunham o estágio da obra: incompleta. Os degraus não tinham acabamento nenhum e os corrimões estavam cobertos com panos de obra.
Os banheiros funcionavam bem, mas estavam muito sujos por causa do cimento e da chuva.
Além disso, apenas uma das lanchonetes do setor norte estava aberta, o que gerou filas grandes.
Na arquibancada do setor norte, o cenário era melhor. No entanto, torcedores organizados arrancaram com as mãos um corrimão que ficava entre as cadeiras para ganharem mais espaço.
O acesso ao Itaquerão foi o ponto mais positivo. Quem saiu da estação de metrô Palmeiras-Barra Funda demorou 30 min para ir ao estádio, com vagões relativamente vazios e sem tumultos.
A saída do estádio também foi tranquila. O retorno demorou cerca de 40 minutos até a ultima estação da linha vermelha do metrô.
Mesmo assim, havia problemas de sinalização na saída do metrô Artur Alvim, onde não havia tradução completa para o inglês.
Depois de deixar o metrô, o torcedor não encontrou mais placas nas duas bifurcações antes de chegar à passarela que leva ao estádio.
Nos primeiros metros, o torcedor tem de andar numa calçada estreita, onde mal cabem duas pessoas lado a lado. Outro problema estava no segundo cruzamento, sem semáforo para pedestres.
Na passarela em direção ao setor oeste, uma parte da passarela estava sem cimento. Em outra, os parafusos que ligam a grade ao concreto estavam à mostra. As placas de grama pareciam ter sido colocadas no mesmo dia.
Na manhã, uma enxurrada de lama obrigava os torcedores a pular de um lado para o outro, enquanto um funcionário usava um jato para limpar a calçada.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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