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Tomei café da manhã com os EUA e a segurança nem deu bola

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When? Where? Who? Why? What?

Descobrir onde estão, quando treinarão, o que farão os americanos nesta Copa do Mundo pode ser tarefa difícil. E a dificuldade em obter a resposta para as perguntas acima quase sempre será pelo mesmo motivo: segurança.

Desde que chegaram em Natal, na sexta (13), a seleção dos Estados Unidos já antecipou horário de desembarque no aeroporto sem avisar, chegou ao hotel sem torcida para recebê-los e, neste sábado (14), fechou o treinamento.

Curiosos, torcedores e imprensa estão longe. Questão de segurança, claro.

A não ser que você vá tomar café da manhã no hotel onde eles estão hospedados.

A Folha esteve lá neste sábado.

A bordo de um táxi comum, logo se avista todo o aparato em torno dos americanos: dezenas de homens do Exército, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, motos, cavalaria, agentes de trânsito. Todos a postos nas vias que levam ao hotel.

Na portaria, janela do carro aberta e credencial exibida. "Pode entrar", diz o segurança ao taxista.

Já na porta do hotel, uma conversa pelo rádio que podia ser decisiva: "Ele é hóspede?", pergunta o segundo segurança (este sem fardamento). A resposta do primeiro não é ouvida. Nem decisiva.

Ok, no lobby, e agora? Onde estão os americanos? Ali está o meia Green. Perdido, buscando informação sobre onde é o café da manhã. São 8h20, ele está com as chuteiras em mãos e aparentemente errou o andar.

Desce? Yes. Os hóspedes tomam café no segundo andar. A delegação dos Estados Unidos no terceiro. O lobby fica no quarto.

O local reservado é um dos restaurantes do hotel cinco estrelas. Para chegar nele ainda é preciso passar pelo "Sports Bar", todo decorado com motivos de Copa do Mundo.

Um quadro se destaca. É uma camisa do Barcelona autografada por Neymar, com dedicatória para o hotel.

No restaurante em que tomam café, a Folha é avisada, em inglês, por um dos funcionários, que se enganou e não pode se servir ali, mas em um andar acima, com o restante dos hóspedes. É possível apenas vê-los à mesa, com a comissão técnica, com uma refeição habitual de grandes hotéis.

Mochila na costas é hora de ir embora. Sim, mochila com laptop, câmera e outros equipamentos jornalísticos que não foi revistada em momento algum.

Na saída, ainda no mesmo andar, uma família, feliz, divertindo-se com o que tinham conseguido: fotos com os jogadores dos Estados Unidos. Como?

O pai, Eduardo de Oliveira, 41, administrador em João Pessoa (PB) explica que desde a chegada dos americanos no hotel, o elevador principal está reservado para a seleção. Os hóspedes, como ele, usam um dos outros elevadores.

Ele, a mulher, Renata, 39, psicóloga, e o filho Dudu, 9, desceram pelas escadas. Foram para o andar onde há mesa de sinuca, pingue-pongue e outros jogos. Acharam os americanos.

Por volta das 9h20, os jogadores (com as chuteiras em mãos), voltam do café. E passam pela família paraibana, que conseguiu mais fotos. Felicidade garantida para Dudu, que sonha ser jogador de futebol.

O capitão Dempsey fala com a Folha. Estão indo treinar? "Sim." Onde? "Não sei." Na praia?" (sorriso amarelo, sem resposta). Estava chovendo, a piscina do hotel e a praia, logo à frente, estão vazias.

Já são 10h20. O treino é no campo da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), mas a universidade está fechada para uso dos americanos. De um certo ponto, apenas com credencial de jornalista. Ver a atividade? Nem com credencial. Exército, polícias, carros, motos, cavalos passam e o ônibus com os americanos vem atrás.

Os poucos jornalistas que foram à UFRN são convidados a se retirar. Por volta do meio-dia os americanos já estão voltando de ônibus para o hotel. O almoço com eles fica para outro dia.

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