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O colombiano: "O Brasil sofre na Copa, a Colômbia se diverte com ela"

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A Colômbia vem realizando sua melhor participação em uma Copa do Mundo, e o demonstra dentro e fora de campo.

A cada vez que marcam um gol, seus jogadores realizam uma estranha dança tribal que causa sensação em todo o mundo. Os sorrisos e o relaxamento são perceptíveis em uma equipe que chegou ao Brasil em silêncio e agora, depois de quatro vitórias consecutivas, se vê em posição inesperada para muitos, mas que não deveria surpreender se levarmos em conta sua qualidade individual e coletiva.

A concentração da equipe "cafetera" em Cotia (São Paulo) é caracterizada pela falta de novidades interessantes para os jornalistas. Tranquilidade, rotina, calma e, especialmente, confiança é o que transmite um plantel que toma por molde o treinador José Pékerman, eterno mentor da humildade e da discrição.

A Colômbia está desfrutando como nunca de uma Copa do Mundo. Com o apoio unânime de 46 milhões de compatriotas, manifestado por meio das redes sociais e meios de comunicação, os 23 jogadores estão se preparando em um clima cordial e ameno para encarar a partida mais importante de suas vidas, conscientes de que nada têm a perder —já são heróis, e uma derrota na sexta-feira (4/7) não mudará sua realidade futebolística e pessoal.

Diante deles aparece o Brasil, com atletas que carregam nas costas a pressão insuportável de 120 milhões de pessoas dispostas a festejar o hexacampeonato no Maracanã como único resultado aceitável. Chegar em segundo seria um fracasso.

Luiz Felipe Scolari jamais imaginou que as sentenciosas palavras que proferiu ao final da Copa das Confederações, garantindo que o Brasil seria campeão do mundo, se voltariam contra ele exatamente no momento mais importante da disputa.

O excesso de responsabilidade que pesa sobre o plantel brasileiro hoje é inocultável. O canto do hino nacional como se fosse grito de guerra já não desperta a admiração e o respeito como há um ano. As mandíbulas tensas, os olhares fixos, os uivos ferozes se tornaram rostos marcados pelas lágrimas, que exibem algo como uma necessidade desesperada de evitar o fracasso.

As reações excessivamente emotivas de Neymar, Thiago Silva e David Luiz, entre outros, na partida contra o Chile nas oitavas, a presença de uma psicóloga na Granja Comary, e as dúvidas de Felipão quanto à definição do esquema tático para o jogo da sexta são amostras claras de que algo não está funcionando bem e de que o Brasil está sofrendo nesta disputa.

A Colômbia está diante da grande possibilidade de sua história: nunca enfrentou o Brasil com chances concretas de vitória como as que tem agora. O time está organizado, é confiável e é contundente. Na comparação de rendimento, a Colômbia jogou melhor que o Brasil. Conta com diversos jogadores de alto nível individual (James Rodríguez, Ospina, Cuadrado e Zuñiga) e não precisa subir muitas vezes ao ataque para marcar gols.

É claro que as estatísticas favorecem amplamente os donos da casa, mas a história e o peso da camisa nem sempre contam, na hora da verdade. Sobretudo quando, diante da verde e amarela, entram em campo 11 homens convencidos que só 90 minutos os separam da glória eterna.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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