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Na Copa, atitudes do técnico irritaram CBF e atletas

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O fiasco brasileiro na Copa do Mundo foi marcado pela turbulência entre a comissão técnica da seleção, jogadores e a direção da CBF.

A imagem de sábado (12), dos reservas ignorando o técnico Luiz Felipe Scolari e orientando o time na derrota para a Holanda, escancarou a falta de confiança dos atletas com o trabalho do treinador na reta final do Mundial.

Nesta Copa, Felipão, que teve nesta segunda (14) a sua saída da seleção anunciada oficialmente pela CBF, fracassou em sua especialidade: a de transformar os grupos em que trabalha em "famílias".

Felipão, 65, nunca foi um expert em montar esquemas táticos originais, mas formava ambientes agradáveis aos atletas ao mesmo tempo em que os obcecava pela batalha. Foi assim em 2002, quando foi campeão. Mas o ambiente não se repetiu em 2014.

O vexame na reta final da Copa pode ser explicado, em boa parte, pela falta de de diálogo do treinador com os jogadores nos bastidores.

O ápice do constrangimento foi quando Felipão admitiu a seis jornalistas, em uma conversa no centro de treinamento da Granja Comary, que parte de seu grupo estava abalado emocionalmente por jogar uma Copa em casa.

Algo que se especulava somente por imagens, como a da choradeira depois da vitória nos pênaltis contra o Chile, acabou sendo confirmado pelo próprio treinador.

Nesse mesmo bate-papo, uma frase de Felipão chamou a atenção. Disse que trocaria um dos 23 convocados se pudesse fazer uma nova convocação naquele momento, mas não revelou o nome.

No grupo, jogadores candidatos a serem o "patinho feio", como Jô, Hernanes e Maxwell, ficaram na berlinda e se sentiram desprestigiados. Mas não foram os primeiros a ficar nessa situação.

Na primeira fase, antes do jogo com o México, Felipão se desentendeu com Hulk.

O atacante sentiu dores na coxa esquerda nos treinos e foi sacado da partida. Depois do 0 a 0, Hulk, contrariado, disse que só não jogou porque o técnico não quis. Felipão afirmou que sentia que o jogador estava inseguro.

Editoria de arte/Folhapress

TREINA UM, JOGA OUTRO

Treinar com um time e escalar outro foi outra atitude que fragilizou Felipão com o grupo. Willian foi a principal vítima. Antes do fiasco contra a Alemanha (7 a 1), ele foi titular na maior parte do treino. No jogo, Felipão lançou Bernard, numa formação que não havia treinado junta.

O presidente da CBF, José Maria Marin, reprovou essa estratégia, e a Folha apurou que ao menos dois atletas reclamaram de que o técnico não escalava quem era elogiado pela imprensa.

Além das estratégias equivocadas, Felipão também irritou a CBF ao não avisar que conversaria com jornalistas. Quando resolveu aparecer ao vivo no "Jornal Nacional", da TV Globo, a direção da entidade só soube ao vê-lo na TV –e se enfureceu novamente.

Houve desgaste também por Felipão não se sentir protegido pela confederação em sua cruzada contra o que ele e o coordenador, Carlos Alberto Parreira, achavam ser um complô da Fifa para não deixar o Brasil levar o hexa.

Enquanto a comissão técnica reclamava da arbitragem e de uma suposta má vontade da Fifa com a seleção, a diretoria da CBF não manifestou apoio a essa ideia.

Até apelou, simbolicamente, ao cartão amarelo que suspendeu Thiago Silva do jogo com a Alemanha, mas não demonstrou publicamente estar de acordo com o pensamento da comissão técnica.

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