Treze são denunciados no Rio por receptação de acervo público
O Ministério Público Federal do Rio anunciou nesta terça (18) que denunciou 13 pessoas por receptação de bens furtados do acervo de instituições públicas como a Biblioteca Nacional, o Palácio Itamaraty e o Arquivo da Cidade, todos na capital fluminense.
As peças teriam sido furtadas entre 2003 e 2005 e foram apreendidas quando colocadas à venda em um leilão realizado no Rio em 2006.
Entre elas estão fotografias históricas de Marc Ferrez (1843-1923) e Augusto Malta (1864-1957), documentos assinados pelo Barão de Rio do Branco (1845-1912) e livros dos séculos 16 e 17.
Os denunciados, que estão sendo intimados pela Justiça, são 11 vendedores que ofereciam os objetos no leilão --e que, se condenados, podem pegar até quatro anos de prisão-- e os dois organizadores do evento, sujeitos a penas de até oito anos de reclusão.
Segundo o MPF, todos os investigados sabiam do valor histórico das peças e que elas eram produto de crime.
Ilcelene Bottari, advogada do proprietário da casa de leilões, disse que seu cliente não tem responsabilidade. "Ele envia os catálogos dos leilões que vai realizar às instituições públicas, para que elas possam identificar se alguma das peças faz parte de seu acervo. Essa denúncia surgiu a partir do catálogo que ele encaminhou. Não há nenhuma dúvida da boa fé dele."
A Procuradoria afirmou que "apesar de algumas obras terem sido identificadas com êxito, outras não puderam ter sua exata procedência confirmada por terem sofrido lavagens e desfolhamentos".
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade