'Indomável Sonhadora' falha ao não sustentar viés sentimental
É comum o destino do cinema de boa vontade, hoje representado por "Indomável Sonhadora" (TC Cult, 1h40; 10 anos): boa recepção em Cannes, candidatura ao Oscar, aplausos e, pouco depois, o esquecimento.
Faz todo sentido, no entanto, o projeto do diretor Benh Zeitlin, de filmar a vida dos pobres da Louisiana, nos Estados Unidos, após a devastação promovida pela passagem do furacão Katrina, em agosto de 2005.
Aqui, seguimos um grupo de pessoas miseráveis, com a situação tornada ainda mais dramática pela destruição.
Já seria o bastante. A introdução de uma menina de seis anos, Hushpuppy, a representar mais do que ninguém a obstinação, traz à trama um viés sentimental que a feitura do filme e a própria personagem, no mais, não sustentam. É quando o filme afrouxa.
Mary Cybulski/Divulgação | ||
Cena do filme "Indomável Sonhadora" |
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