Instituto Inhotim terá novos espaços para Olafur Eliasson e Claudia Andujar
Mesmo já tendo transformado a pacata Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, em destino obrigatório na cartografia da arte, o Instituto Inhotim, do empresário do ramo de minério Bernardo Paz, não para de crescer e abrirá dois novos pavilhões em setembro deste ano.
Um deles será uma grande galeria dedicada a toda a obra que Claudia Andujar fez na Amazônia, de seus primeiros contatos com os índios, passando pela série "Marcados" e concluindo com seu trabalho mais recente, que ela acaba de fotografar na floresta.
Embora o Inhotim tenha outras obras da artista no acervo, a galeria projetada pela firma Arquitetos Associados, a mesma que fez os pavilhões de Miguel Rio Branco e Doris Salcedo no museu, será voltada só para seus trabalhos envolvendo os índios.
Divulgação | ||
Projeto de pavilhão dedicado à obra de Andujar que será aberto em setembro no Inhotim |
Também será aberto em setembro um pavilhão para um trabalho do artista dinamarquês Olafur Eliasson, que já tem outras peças no museu.
Seu novo pavilhão será, na verdade, um prédio-obra, desenhado pelo próprio artista. É uma estrutura circular que capta a luz natural do lado de fora e a projeta ao longo de uma linha na altura dos olhos do lado de dentro, concentrando raios coloridos num horizonte denso e artificial.
"É uma escultura que é também arquitetura", diz Rodrigo Moura, diretor do Inhotim. "Haverá um corte ao longo da parede, uma faixa luminosa. É um projeto com uma presença arquitetônica."
Também sinaliza o crescimento consistente do número de pavilhões no museu.
Depois de abrir os espaços de Tunga, Lygia Pape e Cristina Iglesias há dois anos, o Inhotim inaugura dois pavilhões em setembro e outros ainda podem sair do papel nos próximos anos —já estão nos planos construções para Ernesto Neto e Anish Kapoor.
Todas essas inaugurações, de dois em dois anos, pegam carona na semana de abertura da Bienal de São Paulo —quando o "jet-set" da arte global dá as caras no Brasil— e já viraram uma tradição no calendário das artes no país.
Em breve, fanáticos do mundinho também terão mais um motivo para visitar o Instituto Inhotim. Até o fim deste ano, deve ser aberto um hotel com 44 bangalôs, um novo restaurante e um spa completo em pleno museu.
Nos planos de expansão, há conversas sobre uma nova estrada até o Inhotim e um aeroporto privado.
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