Bienal de Sydney é alvo de boicote por causa de patrocinador controverso
Um mês antes de sua abertura, a Bienal de Sydney está sendo alvo de um boicote liderado por artistas, entre eles o britânico Martin Boyce, vencedor do prêmio Turner.
O motivo é o fato de a mostra ser patrocinada pela Transfield, empresa responsável por operar os centros de detenção de imigrantes ilegais que tentam entrar na Austrália, que ficam nas ilhas de Manus e Nauru.
Numa carta aberta enviada à direção da Bienal, 28 artistas ameaçam deixar a mostra, que será inaugurada no dia 21 de março. "Não aceitamos a detenção de asilados em potencial porque essa violação de direitos humanos é indefensável do ponto de vista ético", diz o texto. "Não queremos ser associados a essa prática, e entendemos que nossa participação na Bienal seria um endosso à marca patrocinadora."
Eles pedem que a mostra recuse o patrocínio da Transfield e busque outros apoios financeiros. Porta-vozes da Bienal, no entanto, divulgaram uma nota em que dizem que "as centenas de milhares de pessoas que beneficiam da Bienal se sobrepõem a acusações ambíguas".
Desde sua criação em 1973, a Bienal de Sydney está ligada à Transfield. Luca Belgiorno-Nettis, presidente da mostra, é um executivo da empresa e seu pai, Franco Belgiorno-Nettis, foi o fundador da Bienal.
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