Crítica: 'Vicky Cristina Barcelona' exibe uma trajetória de liberação
É fato que certas incursões de Woody Allen à Europa têm caráter de caça-níqueis. Nada censurável: faz isso quem não consegue produzir nos EUA e manter a independência.
Mas "Vicky Cristina Barcelona" (TC Touch, 20h10; 12 anos) tem algo mais do que paisagens diferentes. Existe também (ou sobretudo) uma trajetória de liberação. Pois, se o filme se endereça primeiro à exuberância sexual da loira Cristina, é a morena Vicky que passará, afinal, por uma transformação.
Pois se Cristina se atira em busca de um passatempo erótico, Vicky fica retraída, à espera do noivo. Será, pois, um momento de reflexão: o que é o noivado, quem é o noivo, o que ela espera da vida?
É dela, portanto, a real aventura no encontro com o pintor e latin lover vivido por Javier Bardem (que anda enrolado com a irada ex interpretada por Penélope Cruz).
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