Crítica: 'Cinema, Aspirinas e Urubus' revela talento de João Miguel
A solidão é o tema dos filmes de Marcelo Gomes, mesmo nos seus menos felizes (na minha avaliação), como o recente "O Homem das Multidões" ou "Era uma Vez Eu, Verônica".
Talvez seu melhor seja "Cinema, Aspirinas e Urubus" (Arte 1, 18h; 14 anos), porque muitos cineastas dão o melhor de si no primeiro filme. Talvez seja por ali ter se revelado João Miguel, o nordestino falador que acompanha o alemão em sua travessia pelo sertão mostrando filmes e fazendo propaganda de remédios.
Talvez seja porque ali a solidão é mitigada pelo encontro fortuito entre os dois homens tão diversos e possamos perceber que não são, afinal, tão diversos assim.
Enfim, no diálogo estranho que se estabelece no momento da Segunda Guerra Mundial, Europa e Terceiro Mundo de certa forma trocam as bolas.
Caio Guatelli/Folhapress | ||
Cena do filme 'Cinema, Aspirinas e Urubus' |
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