Baladas levam modernos aos céus de SP
Quando construíram o edifício Martinelli, no centro de São Paulo, a metrópole em formação dos anos 1920 tinha poucos prédios que passavam dos cinco andares –ou seja, não foi pequeno o susto com os 30 pisos do gigante que Mário de Andrade chamou de um bolo de noiva.
Giuseppe Martinelli, dono do arranha-céu, fez questão de provar a segurança do prédio construindo lá em cima a sua própria casa, uma mansão com escadas de mármore de Carrara, vidros e espelhos belgas, louças britânicas e elevadores suíços.
Ela não desabou, e agora é cenário de uma das festas mais disputadas deste verão paulistano. Todas as sextas, sábados e domingos até 1º de março, quem conseguir pôr seu nome na lista do evento Heineken Up on the Roof, disponível às segundas no Facebook, pode se esbaldar com uma das vistas mais belas da cidade no terraço da velha mansão do comendador.
Seguranças espalhados por todo o perímetro e a lotação máxima de 300 pessoas são algumas das medidas para impedir acidentes lá no alto.
Outro marco arquitetônico da cidade, o hotel Maksoud Plaza, com sua fachada brutalista que em nada lembra os floreios do Martinelli, também terá altas festas, num salão envidraçado pouco abaixo do heliponto da torre.
Batizado de PanAm, a nova balada do empresário Facundo Guerra está abrindo, por enquanto, em fase de testes. "Existe uma tendência de ocupar lugares ociosos em São Paulo", diz Guerra. "Entre eles está o topo dos prédios."
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