CRÍTICA
Mais do mesmo, 'Jason Bourne' segue como o melhor do gênero
Depois de nove anos de hiato na franquia ("O Legado Bourne", de 2012, não contou com o personagem de Matt Damon), "Jason Bourne" chega aos cinemas em clima de "em time que está ganhando não se mexe".
Não espere novidades estéticas ou temáticas neste quarto filme em relação à trilogia original. Mas pode esperar outra exibição de virtuosismo técnico e domínio narrativo de Paul Greengrass (diretor do segundo e do terceiro episódios).
O cineasta criou um modelo de produção de adrenalina: câmera na mão, cortes rápidos, trilha sonora em crescendo, estilo que emula o documental. Os efeitos colaterais no espectador são evidentes: taquicardia, unhas roídas, pernas balançando freneticamente.
Em seus filmes que dependem mais do drama humano, como "Voo United 93" e "Capitão Phillips", fica evidente que o modelo virou fórmula.
Já na série Bourne –que não tem a pretensão de ganhar o Oscar de melhor filme, mas quer elevar o gênero de ação a um estado de arte–, funciona que é uma beleza.
Nove anos após os acontecimentos de "O Ultimato Bourne" (2007), o agente Jason Bourne (Matt Damon, sólido como de hábito na franquia) é encontrado na Grécia por sua antiga parceira, Nicky Parsons (Julia Stiles).
Ela conseguiu acesso a documentos que podem explicar o envolvimento do seu pai no treinamento que o transformou em um assassino amnésico a serviço da CIA.
Isso desagrada o atual diretor da agência (Tommy Lee Jones) e um agente que se sentiu traído por Bourne (Vincent Cassel). Eles passam a persegui-lo pelo mundo para tentar assassiná-lo antes que novos segredos venham à tona.
Mas Bourne recebe uma ajuda inesperada de uma carreirista chefe de tecnologia da CIA (Alicia Vikander).
"Jason Bourne" é mais do mesmo. Mas o mesmo, no caso, continua sendo o melhor que o cinema de ação hollywoodiano consegue produzir hoje sem recorrer maciçamente a efeitos especiais.
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