Áreas comuns deixam o térreo e sobem a torre
O espaço gourmet está lá. A piscina e a academia, também. O problema é encontrá-los --uma vez que eles deixaram os locais tradicionais e começaram a "andar" pelo condomínio.
Nos lançamentos recentes, virou tendência deslocar as áreas comuns, levando-as para a cobertura, para o meio e até para fora da torre.
Esse é o caso do You Ibirapuera, em obras, cujo projeto prevê o salão de festas afastado da estrutura.
"Pensamos em deslocar o espaço por causa do barulho, para que não incomode os outros moradores", explica Thais Fornazari, arquiteta da You, Inc.
Já a cobertura tem sido o destino mais frequente da piscina, como no Mirante 360, em Santos (SP), da incorporadora Kallas.
Para Cintia Valente, diretora de marketing das incorporadoras Alfa Realty-MDL, as áreas comuns são especialmente importantes nas grandes metrópoles. "O cliente curte essa identificação com o lar. Sair de casa em São Paulo, hoje, é muito complicado."
No Medley, projeto da incorporadora para a Vila Madalena (zona oeste de São Paulo), o escritório de arquitetura Anastassiadis transformou o quinto andar em uma seção de área comum. Nele, foi posicionado o spa, com o objetivo de isolar os serviços mais "zen" do movimento de pessoas do térreo.
Em outros dois projetos, o escritório inseriu bibliotecas nos condomínios, criadas em parceria com as editoras Taschen e Cosac Naify.
Editoria de arte/Folhapress | ||
OCIOSIDADE
Apesar de os lançamentos renovarem as ofertas de lazer diferenciadas, como quadras de squash, elas costumam figurar entre as menos usadas.
Segundo uma pesquisa da administradora Lello, ofurô e sauna são aproveitados por menos de 10% de condôminos que dispõem do serviço.
"Nos imóveis de alto padrão, as áreas comuns são pouco utilizadas. O morador compra um imóvel do tipo, em grande medida, pelo valor de troca", diz Gislaine Villela, autora de pesquisa sobre o tema pela Unicamp.
As preferências de Paula Futema Schmidt, que mora em um condomínio-clube no Tatuapé (zona leste de São Paulo), encaixam-se no padrão. "Uso a piscina, principalmente no verão, o salão de festas, em eventos familiares, e a academia", diz. Seu filho, de cinco anos, também aproveita o playground.
Adriano Vizoni/Folhapress | ||
Paula Futema Schmidt e seu filho, Thales, na área de lazer do condomínio onde moram |
Para Paula, o custo de viver num lugar com diversidade de espaços de lazer compensa, "desde que utilize ao máximo os recursos".
"A área comum agregou, mas não foi tão determinante quanto a planta do apartamento", diz Paula, moradora do condomínio há um ano e meio.
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