Turista deve antecipar compra de dólar, afirmam especialistas
A escalada da cotação do dólar nos últimos dias ameaça frustrar o orçamento dos turistas brasileiros que pretendem viajar ao exterior nos próximos meses.
Comprar a divisa nesse momento é a recomendação de analistas, mas, ficando atento às oscilações, é possível parcelar a aquisição, fazendo uma média de cotações.
As perspectivas são as de que o dólar apresente uma tendência de valorização no longo prazo, devido ao fortalecimento da economia norte-americana –que eleva as perspectivas para alta de juros nos EUA– e, no Brasil, ao sobe e desce eleitoral, que acirra as oscilações.
Adquirir a moeda agora é a opção para quem quer previsibilidade e deseja saber quanto vai gastar na viagem.
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E, para o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme, este é o melhor momento para adquirir a moeda. "Essa alta vai ficar e, se houver uma mudança na política monetária americana, ela [a cotação do dólar] vai mais acima. Não dá mais para pensar em dólar a R$ 2,20."
Apenas em setembro, o dólar à vista, referência nas operações do mercado financeiro, subiu 8,2% ante o real e fechou o último pregão da Bolsa cotado a R$ 2,42. Entre abril e julho, período de baixa da moeda, ela valia, em média, R$ 2,23.
Um outro ponto que pode afetar o comportamento da moeda é se o Banco Central mudar a força da sua intervenção no mercado de câmbio, como fez na semana passada, em que elevou o valor ofertado diariamente ao mercado, dificultando as previsões para o comportamento do dólar até o fim do ano.
Alguns economistas, contudo, acreditam que a moeda ainda pode ceder um pouco ante o real até o final do ano, apesar do viés de valorização.
No boletim Focus da semana passada, os analistas econômicos ouvidos estimavam que a moeda vá terminar o ano cotada em R$ 2,34.
Caso decida arriscar, o ideal é que o turista faça um planejamento para comprar a moeda ao longo dos próximos meses, de maneira parcelada, a fim de diluir eventuais perdas com o câmbio.
"Se for viajar no fim do ano, faça uma média e vá comprando aos poucos, para poder se resguardar com relação a uma alta ou uma queda brusca", afirma Mauriciano Cavalcante, diretor de operações de câmbio da corretora Câmbio Rápido.
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